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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Garrafadas correm solto

Um fruto misturado a suco de uva e conservantes naturais com poder de curar ou combater mais de 100 problemas de saúde. Essa é a promessa da 'Garrafada de Noni', amplamente comercializada pelas erveiras do mercado do Ver-o-Peso, em Belém, por R$ 20. O noni, que tem origem asiática e passou a ser consumido no Brasil principalmente por suas supostas propriedades farmacológicas, é só um exemplo entre os muitos frutos, raízes e ervas oferecidos como remédios na feira. Há garrafadas para combater problemas respiratórios, inflamações, infecções, pressão alta, diabetes e misturas secretas que prometem até para curar mais de uma doença.

O consumidor, porém, deve ficar atento. Para preservar o segredo da fórmula, algumas erveiras admitem não colocar no rótulo da garrafa todos os ingredientes. Em alguns casos podem ser até 20 folhas ou raízes diferentes. No 'Viagra Natural', por exemplo, são 13 ingredientes, entre eles a catuaba, o marapuama, o guaraná e o ginseng. 'Geralmente são só os principais', disse uma delas, apontando para o termo 'etc.' no final de um dos rótulos. 'Quando a pessoa vem comprar a gente explica direitinho', disse. As garrafadas também não trazem muita orientação sobre o consumo, geralmente a informação se restringe ao número de doses diárias, ao preparo e à duração do produto. Segundo as erveiras, os preparados podem ser consumidos com segurança em até três meses, mas a data de fabricação não está estampada na embalagem.

Farmacêuticos vêm com restrição os chamados remédios naturais. 'Em primeiro lugar esses produtos não podem ser chamados de medicamentos, já que não têm registro do Ministério da Saúde ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária', esclareceu o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Pará e Amapá (CRF PA/AP), Daniel Costa. Ele chama atenção para outro risco. 'Por não ter o controle, a gente não sabe ao certo de que maneira essas garrafadas são preparadas, de que forma essas ervas estão sendo manipuladas', alerta.
Para o farmacêutico, porém, a falta de uma fiscalização mais rigorosa compromete a utilização das ervas, mesmo aquelas com comprovado valor terapêutico. 'O boldo, por exemplo, nós sabemos que proporciona benefícios para o sistema digestivo, mas você deve utilizar apenas a folha do boldo. Se utilizar o talo, já não terá o mesmo efeito', explicou. O farmacêutico vai além. Segundo ele, o consumo combinado dessas plantas, cascas e raízes pode acarretar de alergias a intoxicações. (Fonte: Amazônia)

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