Fale com este blog

E-mail: ercio.remista@hotmail.com
Celular/watsap: (91) 989174477
Para ler postagens mais antigas, escolha e clique em um dos marcadores relacionados ao lado direito desta página. Exemplo: clique em Santarém e aparecerão todas as postagens referentes à terra querida. Para fazer comentários, eis o modo mais fácil: no rodapé da postagem clique em "comentários". Na caixinha "Comentar como" escolha uma das opções. Escreva o seu comentário e clique em "Postar comentário".

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Unidade inaugurada ontem leva portadores de transtornos ao convívio social

Uma casa no bairro da Marambaia, em Belém, abriga oito novos moradores. Eles estavam internados na Unidade de Reabilitação Psicossocial (URPs) e voltaram a ter o convívio social. O objetivo é reintegrá-los à sociedade e retirá-los do regime de asilo, que os hospitais psiquiátricos adotavam. A residência foi inaugurada ontem e é primeira experiência de tratamento de transtorno mental da região Norte do País.

Os oitos usuários dividem o mesmo espaço e fazem atividades diárias dentro da residência desde a última segunda-feira (16). O Serviço de Residência Terapêutica (SRT), conforme recomenda o Ministério da Saúde, não tem a função de isolá-los dentro de uma pequena moradia. Pelo contrário, é para resgatar o tempo em que eles ficaram internados e foram abandonados por seus familiares.

Discutir formas de tornar mais céleres as políticas públicas da Reforma Psiquiátrica no Brasil é um dos objetivos da IV Conferência Estadual de Saúde Mental, que encerra as atividades hoje no Centro de Convenções da Universidade Federal do Pará (UFPA). O encontrou foi aberto ontem e pretende promover a ampla participação de profissionais, usuários e familiares para estratégias na efetivação da luta antimanicomial.

O recolhimento de pacientes com transtornos mentais em hospícios não faz mais parte da realidade. A Lei 10.216, de 2001, redirecionou a assistência em saúde mental e ofereceu tratamento em serviços de base comunitária. É nesse contexto que a política nacional de atenção à saúde metal alinhada com os parâmetros da Reforma Psiquiátrica no País ganham sustentabilidade e visibilidade. Começaria, então, a desconstrução do sistema manicomial.

Elecilda Carvalho, diretora da URPs, relatou que a maioria dos usuários da residência terapêutica tem retardo mental e o restante, problemas esquizofrênicos residual. "Percebemos a emoção deles por ter saído daquele modelo de isolamento. Aqui eles estão próximos do centro de saúde, da feira, do shopping e do Caps (Centro de Atenção Psicossocial), onde vão prosseguir o tratamento e fazer atividades corriqueiras. É um resgate da cidadania para eles", comemorou a diretora.

Depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar são os casos mais frequentes nos Centros de Atenção Psicossocial de Belém e dos municípios do interior do Estado, segundo informou a coordenação de saúde mental da Sespa. (No Amazônia)

Nenhum comentário:

Postar um comentário