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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Catástrofe na serra pode ser o ´tsumani político` do Brasil

O desastre na região serrana do Rio de Janeiro pode ser "o tsunami político" do Brasil. O alerta é da número 1 da ONU para a preparação contra desastres naturais, Margareta Walstrom.

Documentos do próprio governo brasileiro apontam falta de preparação para responder a desastres naturais. Hoje temos mais de 800 mortos. De quem é a responsabilidade?
Se pensamos na situação do Brasil há 20 ou 30 anos, a situação mais crítica do País era a seca. Hoje vemos que o problema é outro. O que vemos agora é uma acumulação de pequenas e médias enchentes. Todas autoridades sabem dos riscos. Mas a questão é como conseguir que o governo federal diga claramente que precisamos de um basta. Que diga que o custo disso tudo chegou a um limite. Estimo que esse momento chegou agora.

Por quê?
O custo político de ver mais de 800 pessoas morrerem assim talvez balance o governo e transforme o tema em alta prioridade. A causa da morte é a falta de capacidade do Estado. Quando o furacão Katrina atingiu os Estados Unidos, o que se descobriu é que o grande problema era a capacidade do Estado.

O Brasil havia criado um plano de alerta em 2005. Até hoje o sistema não foi implementado e agora o governo diz que estará pronto em 2014. Leva tanto tempo para ter um alerta?
Não. Leva tempo para entender a necessidade. O governo tem de entender que desastres naturais também são fundamentais. Podem minar uma economia inteira. Desastres podem causar instabilidade social e econômica. Para muitos governos, o tsunami foi o que abriu os olhos para o fato de que não estavam preparados. Espero que, politicamente, esse seja o tsunami brasileiro. Após tsunami, Indonésia fez grandes progressos institucionais, além da Tailândia e Índia.

O governo fala em tirar 5 milhões de pessoas de morros. Isso é possível?
Depende. Só tirar não resolve. Esvaziar a área pode causar grandes problemas. Para onde irão? Precisam trabalhar com cuidado. As pessoas podem ser colocadas em áreas seguras. Mas não adianta ter uma casa bonita e estarem isolados, sem transporte público, sem trabalho. Eles podem ir. Mas depois voltarão às suas regiões consideradas como perigosas.

Então qual é a solução?
É o planejamento da expansão urbana. No lugar onde ocorreu o deslizamento de terras no Brasil, muitas das ruas não tinham nem água encanada. Não dá para viver assim.

Já há uma previsão dos custos que o desastre causou ao Brasil?
O prejuízo será de bilhões. Mas o governo tem de ser honesto o suficiente para ir a cada casa e a cada família perguntar o que perderam. (Fonte: O Estado de S.Paulo)

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