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quinta-feira, 24 de março de 2011

Dia da água (crônica de José Wilson Malheiros)

Celebramos há poucos dias o dia da água. Mas eu acho que temos pouco para comemorar. Em Santarém, por exemplo, se antigamente a água oficial (aquela que em alguns bairros costuma pingar nas torneiras na casa da gente) não era lá essas coisas, pelo menos tínhamos o consolo das inesquecíveis torneiras de esquina, onde pessoal se reunia para fofocar, tomar banho e até mesmo para encher com o chamado líquido precioso aquelas latas de querozene recicladas.

A rigor, a falta d’água não era levado muito a sério na cidade santarena de outrora. Tínhamos o portentoso e límpido Tapajós que nos brindava com beleza e água de primeira.

Havia o hábito de buscar água no rio – ou na beira, como diziam – com latas e panelas. Mas, primeiro era o banho delicioso, assistindo cardumes de peixinhos e até de aviús desfilarem perto da gente.

Mas isso era na época em que não existiam ainda, esses incontáveis barcos que ancoram pela orla da cidade e nem haviam, ainda, construído o Cais do Porto na contramão, fazendo com que a poluição venha descendo pela frente da cidade. Razões técnicas duvidosas motivaram a posição de nosso movimentado porto, necessário, evidentemente, para nosso progresso.

Num tempo mais recuado, ainda, os chamados aguadeiros saiam de casa em casa vendendo sua mercadoria, para quem não tinha poço no quintal.

Infelizmente dia virá em que iremos comprar água como quem compra gasolina, pois será um produto escasso.

A Igreja Católica está, de maneira muito acertada, aliás, promovendo na campanha da fraternidde deste ano o tema Fraternidade e Vida no Planeta. E se prestarmos atenção, vamos ver, mesmo, que a criação está gemendo em dores do parto.

As águas de Belo Monte irão virar hidrelétrica de eficiência duvidosa.

É bom que os santarenos comecem a colocar as barbinhas de molho, já que as próximas vítimas seremos nós e o nosso Tapajós, que vai morrer em prol da ganância e do dinheiro. E o protesto das pessoas de boa fé vai virar água e se perder pelo ralo.

Estou quase apostando, mas torço que as boas águas nos lavem dessas farsas apocalípticas.

7 comentários:

  1. O articulista tem toda razão: a água é um bem precioso, daí, precisamos tratá-la e usá-la com cuidado, sem desperdício. - Evandro Macêdo - São Luiz/MA

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  2. Belo Monte é obra para empreiteiras e políticos ganharem muito dinheiro. Nada mais do que isso, portanto, não devemos nos iludir, porque ela será construída, sim, com danos ao meio ambiente e à população de Altamira e adjacências.

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  3. Aqui em Oriximiná é igual a outras cidades do Baixo Amazonas. A falta d´água é constante nas torneiras. E ninguém faz nada de concreto para mudar este quadro. Graças a Deus, tenho um poço em minha casa. Um abraço ao dr Malheiros. FLÁVIO

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  4. O colunista chega a ser profético. De fato, devemos ficar cautelosos para não perdermos o nosso belo Tapajós em nome dos milhões de dólares e da ganância sem fim desse pessoal.Boa, Dr. Wilson!

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  5. E quando fizerem as hidrelétricas no Tapajós?
    Como é que vai ficar?
    Valeu o grito de alerta do colunista.

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  6. QUE OS POLÍTICOS DESSA REGIÃO TRATEM LOGO DE PREVENIR DANOS ECOLÓGICOS, TRABALHO MAIS IMPORTANTE QUE FAZER UM NOVO ESTADO. JOSÉ WILSON TEM RAZÃO.

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  7. Políticos santarenos, nos informem se existe planos para fazer do Tapajós uma hidreletrica.
    É bom começar a se mexer. O colunista está certo.

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