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domingo, 6 de março de 2011

Imagine um lugar com bistrô, café, biblioteca, restaurante, galeria de arte, anfiteatro. Agora imagine que um lugar assim fica bem no centro de Belém e que já funcionou como ponto de encontro para os "barões" dos tempos da borracha, num verdadeiro convite a percorrer a memória cultural de uma das ruas mais expressivas para a história da capital paraense: a travessa Campos Sales, no bairro da Campina, onde a casa de número 276 com extensão até o 280 está sendo restaurada para se transformar no primeiro centro cultural da cidade das mangueiras.

Com três mil metros quadrados e projeto arquitetônico do arquiteto paraense Aurélio Meira, o casarão pertence à famíllia Souza e já abrigou, em 1905, o café "A Brasileira" e, entre as décadas de 30 e 40, o luxuoso hotel Nova América, frequentado pelos endinheirados da época. Entre os anos 60 e 70, se transformou em motel e começou a decair. Nesse meio tempo, o lugar oferecia aos intelectuais belenenses o Sebo do Dudu, com o melhor acervo do Estado.

Depois de quase 50 anos de abandono, o casarão dos Souza está em processo final de restauro, num projeto que tem à frente um dos herdeiros da família: Eduardo Souza, produtor cultural e realizador audiovisual. As obras foram concluídas sexta-feira (25), mas ainda não estão prontas para serem mostradas ao público. Mas, passando passando pelas calçadas que rodeiam o local já é possível imaginar o que vão oferecer de bom.

De acordo com Eduardo, o projeto de restauro teve um orçamento inicial de aproximadamente R$ 1 milhão, mas hoje os custos chegam a R$ 5 milhões. "Parte do projeto foi aprovado pelo Programa Monumenta, do Governo Federal, e nesse programa fazem parte várias entidades, como o Ministério da Cultura, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional , Unesco, BNDES, Prefeitura de Belém e Caixa Econômica", observa o produtor.

Local guarda história de esplendor

Como está entre dois espaços donos de uma história emocionante e culturalmente rica - fica bem ao meio, entre a Capela Pombo, construção datada de 1790 pelo arquiteto italiano Antônio Landi, e o edifício Justo Chermont, espaço onde funcionou um dos maiores jornais do Pará, "O Jornal" -, dá para sentir toda a energia artística que só os apaixonados por Belém são capazes de sentir. Em frente, nada além do que a antiga Biblioteca Pública do Estado - hoje chamada de Arquivo Público. Nas esquinas, ainda é possível fazer referências à casa que abrigou o Café Manduca, frequentado por intelectuais e artistas paraenses no início do século XX, assim como a renomada Casa de Leilões Lopes Pereira, sucesso absoluto da época.

E é no meio de um cenário originalmente cultural que o público poderá mergulhar nas histórias da travessa Campos Sales, conhecida por suas belas calçadas em pedras de Lioz, seus antigos cafés, jornais, livrarias, comércios, bares, antiquários, quiosques, bancos, hotéis de luxo, lojas de artigos importados, e até um porto de navios. "A reforma seguirá as linhas arquitetônicas originais da casa, adaptando os espaços internos para fins de educação e produção cultural, como salas de cinema, galeria de arte, espaço multiuso para apresentação de espetáculos de dança e música, biblioteca, videoteca, núcleo de cinema digital, espaço para oficinas de arte, ateliê, auditório, arquivo digital, lojas de artigos culturais, café, restaurante e um anfiteatro no jardim", adianta Eduardo Souza, presidente do Centro Cultural Amazônia Brasil, responsável, oficialmente, pela restauração do casarão.

IMais informações sobre o casarão podem ser obtidas no site www.institutoamazoniabrasil.com (No Amazônia)

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