Em missão oficial no Brasil, o secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Shetty, diz que a percepção de direitos humanos é o que mais o 'choca' no país.
Shetty diz que sua "impressão geral" no momento é que o Brasil vem adotando um discurso excludente em relação aos direitos humanos. "A percepção pública é que você tem que optar entre direitos humanos ou segurança pública, ou entre direitos humanos e desenvolvimento". - "Os direitos humanos são visto como um problema, e não como uma oportunidade", diz. - "É visto como algo que vai proteger os bandidos. Isso é muito problemático para o Brasil, especialmente para o novo Brasil que está surgindo."
O secretário-geral reconhece avanços neste novo Brasil. "Se você compara com o país de 10 anos atrás, não há dúvida de que houve muito progresso. É um dos poucos países a ter um plano nacional de direitos humanos, e tem iniciativas específicas sobre tortura, proteção a testemunhas, defensores de direitos humanos, direitos socioeconômicos", disse. - "A Bolsa Família fez uma diferença, a desigualdade diminuiu. Nós reconhecemos esses avanços, mas lembramos a eles (as autoridades) das lacunas."
Nenhum comentário:
Postar um comentário