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terça-feira, 31 de maio de 2011

Dilma convoca reunião para cobrar obras para a Copa do Mundo de 2014

A presidente Dilma Rousseff reúne nesta terça-feira, em Brasília, os governadores de nove estados onde serão realizados jogos da Copa do Mundo de 2014, que o Brasil organizará, além de 11 prefeitos das cidades que receberão as partidas. A única ausência entre os líderes municipais é Gilberto Kassab (PSD), que comanda a maior cidade do país, São Paulo, e foi excluído do encontro.

O prefeito paulistano passou a ser considerado "persona non grata" no Palácio do Planalto por causa do vazamento das informações sobre o faturamento da empresa do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, que aumentou seu patrimônio em 20 vezes nos últimos quatro anos atuando na área de consultoria empresarial.

A ausência de Kassab é mais um indício de que a situação da capital paulista com relação aos preparativos do Mundial não está no mesmo compasso que espera o governo federal.

A cidade já perdeu a Copa das Confederações e o Centro de Imprensa - este para o Rio de Janeiro -, e corre o risco de ter um "papel menor" no Mundial, deixando de realizar a cerimônia de abertura (agora cobiçada por Brasília) e até mesmo organizar confrontos menores do torneio.

Oficialmente, o Planalto justifica a ausência de Kassab alegando que o mandatário tem outro compromisso. Ele será o anfitrião de uma conferência do meio ambiente, a C-40, e não poderia estar presente à reunião.

COBRANÇA - A reunião não será das mais agradáveis para os presentes. A presidente Dilma está muito irritada com o atraso nas obras de estádios e mobilidade urbana em seus entornos. As cidades com maior problema poderão ser cortadas. São Paulo e Natal são as duas capitais mais críticas em relação ao cronograma de preparação para a Copa. Belo Horizonte e Salvador são as duas mais adiantadas.

No encontro, Dilma vai apresentar uma série de queixas, avisando, inclusive, que a cidade que não apresentar condições poderá ficar de fora para sediar os jogos. O que Dilma quer evitar é que o governo federal seja obrigado a assumir o ônus político pelo atraso de obras e soluções que não são da sua responsabilidade.

Os governadores do Ceará, Cid Gomes (PSB); do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB); e do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), não poderão participar porque estão viajando, respectivamente, para Estados Unidos, Paris e Coreia do Sul. (No estadão)

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