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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Escola de Pesca anula desperdício e ensina o aproveitamento de 100% do peixe

Cerca de 30% dos peixes capturados pela indústria paraense são jogados fora ainda no local da pesca. Dos que chegam às fábricas, pelo menos 60% é desperdiçado, sem a utilização da pele, escamas ou cabeça. Uma realidade que a Casa Escola da Pesca, em Outeiro, busca mudar a favor da comunidade, ensinando aproveitar o pescado 100%. O projeto incentiva os alunos a agregar valor aos produtos da pesca.

"Este projeto propõe ao aluno a reflexão sobre esse desperdício todo, conhecendo por meio de aulas práticas na escola e em estágios nas empresas parceiras da instituição, diferentes tecnologias aplicadas ao pescado, buscando seu reaproveitamento de forma mais racional", explica o coordenador do projeto, professor Marcos Machado.

Por meio dessas aulas práticas, os alunos aprendem a filetar o pescado e a preparar produtos como hambúrguer, bolinhos e lingüiça de peixe e de camarão, além de criativas peças artesanais.

No Estado onde uma das cadeias produtivas mais importantes é a pesca, o incentivo à profissionalização é necessário para o desenvolvimento econômico e social da população. Em Belém, cujo território é formado por 66% de ilhas, esse incentivo já acontece desde 2008 por meio da Casa Escola da Pesca, implantada pela Prefeitura na ilha de Outeiro. Desde então, pelo menos 70 filhos de ribeirinhos já foram formados pela instituição e deixaram a pesca artesanal para serem empreendedores.

O jovem Raimundo Alcântara é aluno da escola e deve concluir no final de novembro o curso, que dura em média um ano e meio. Aos 18 anos, ele e mais três amigos já têm um projeto para trabalhar por conta própria. "Vamos cultivar tambaquis em um tanque de 50 metros quadrados. Queremos desenvolver a criação desse pescado, pois além de ser bastante apreciado, já está escasso nos rios da região", planeja Raimundo, que vive na ilha de Cotijuba.

Assim como Raimundo, Oswaldo Araújo, 17, também deverá concluir o curso no final deste ano. Filho de pescadores, ele diz que ensina para os pais técnicas de beneficiamento do pescado. "Antes a gente só pescava e vendia o peixe nas feiras, mas hoje em dia a gente aprendeu a filetar o pescado e conseguimos lucrar um pouco mais na venda", conta Raimundo, que pretende fazer faculdade de Engenharia da Pesca.

De acordo com o coordenador da Casa Escola da Pesca, Rosivaldo Batista, a escola é a única instituição desde tipo na Região Norte e oferece condições para que os filhos de ribeirinhos estudem e, ao mesmo tempo, se capacitem na profissão. (No Amazônia)

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