Fale com este blog

E-mail: ercio.remista@hotmail.com
Celular/watsap: (91) 989174477
Para ler postagens mais antigas, escolha e clique em um dos marcadores relacionados ao lado direito desta página. Exemplo: clique em Santarém e aparecerão todas as postagens referentes à terra querida. Para fazer comentários, eis o modo mais fácil: no rodapé da postagem clique em "comentários". Na caixinha "Comentar como" escolha uma das opções. Escreva o seu comentário e clique em "Postar comentário".

terça-feira, 19 de junho de 2012

Lula e Maluf estão juntos


Sponholz 
As ‘quentinhas’ de Maluf
Preso em 2005 com o filho Flávio por suposto crime financeiro, Paulo Maluf reclamou na Band das “quentinhas” da PF, “que não daria nem a um cachorro”. Em 2003, retirou processo no STF contra o candidato Lula, para quem “Maluf deveria ser condenado à prisão perpétua”. (No blog do Claudio Humberto)

Na coluna do Augusto Nunes - Reveista  ´Veja`:
Em setembro de 1987, num discurso em Aracaju, o deputado federal Luiz Inácio Lula da Silva, fundador e dono do PT, juntou no mesmo balaio da gatunagem o então presidente José Sarney e os ex-governadores paulistas Adhemar de Barros e Paulo Maluf. Trecho:
“E a Nova República é pior do que a velha, porque antigamente na Velha República era o militar que vinha na televisão e falava, e hoje o militar não precisa mais falar porque o Sarney fala pelos militares ou os militares falam pelo Sarney. Nós sabemos que antigamente ─ os mais jovens não conhecem ─, mas antigamente se dizia que o Ademar de Barros era ladrão, que o Maluf era ladrão; pois bem: Ademar de Barros e Maluf poderiam ser ladrão, mas eles são trombadinhas perto do grande ladrão que é o governante da nova República, perto dos assaltos que se faz”.
Nesta segunda-feira, Lula levou Fernando Haddad à mansão de Maluf para a pajelança que celebrou a troca de alianças entre o PT e o PP controlado pelo homem que considerava um ícone da ladroagem. “Não há contradição”, gaguejou Haddad. “A cidade de São Paulo deve ficar acima de possíveis divergências ideológicas entre as duas siglas”.
Feliz com os salamaleques dos visitantes, o anfitrião fez de conta que também achou muito natural a barganha que juntou o “homem novo” (segundo o Lula de 2012) e o velho inimigo que o Lula de 1987 chamava de ladrão. “Não adianta olhar pelo retrovisor”, ensinou Maluf. “Temos que olhar para o para-brisa”. Previsivelmente, Lula não quis fazer declarações. Ordem médica, alegou. Conversa fiada. Ele não tem o que dizer. Falaram por ele os sorrisos e o aperto de mãos que trocou com o dono da casa que visitou pela primeira vez.
De 1987 para cá, Maluf incorporou ao prontuário façanhas tão extraordinárias que acabou entrando no ranking dos mais procurados pela Interpol. Como o encontro revogou oficialmente a discurseira do passado, o ex-presidente perdeu uma boa chance de redimir-se por inteiro dos pecados de Aracaju. José Sarney merecia ser padrinho do casamento obsceno. Ao lado de Maluf, hoje é ele quem parece trombadinha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário