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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Cosanpa: Dupla cobrava propina para adulterar hidrômetro

Dois funcionários de uma empresa terceirizada da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) foram presos em flagrante ontem, acusados de estelionato. Eles se ofereceram para adulterar o registro de água em uma residência localizada no bairro de Nazaré e pediram R$ 200 ao proprietário. Com a adulteração do registro, a conta de água do morador reduziria drasticamente. A polícia foi acionada e conseguiu prender Manoel Braga da Silva Júnior e Eden Machado Lobato em flagrante, depois que eles adulteraram o hidrômetro e receberam a quantia acertada. Foi o proprietário da casa quem fez a denúncia e, a pedido da polícia, aceitou a proposta dos acusados, permitindo que eles fizessem o "serviço".

De acordo com o que foi apurado pela polícia, Manoel e Eden tiveram acesso à conta de água do morador, localizada na travessa Doutor Moraes, através do sistema interno da empresa terceirizada onde trabalham, que é responsável pela leitura dos equipamentos de medição do volume de água utilizado pelos clientes da Cosanpa. Ao verificarem que a conta de água da residência tinha valores elevados, eles foram até lá após o expediente de trabalho e pediram R$ 200 para que o hidrômetro fosse adulterado, com o objetivo de diminuir a conta de água do imóvel. O proprietário alertou a Cosanpa, que por sua vez acionou a DIOE. Uma operação foi montada e o dono da casa foi instruído a aceitar. Os policiais filmaram toda a ação e a dupla foi presa no momento que saiu da residência com o dinheiro.

De acordo com o diretor de mercado da Cosanpa, Fernando Martins, além de ser um crime, "a adulteração do hidrômetro prejudica não apenas a Cosanpa, mas também os outros consumidores", disse.

Segundo ele, é possível que os acusados já tenham feito este tipo de trabalho ilegal em várias outras residências de Belém. "Neste caso, o morador denunciou. Mas várias pessoas aceitam, com o objetivo de diminuir a conta de água. É importante lembrar que trata-se de uma medida completamente ilegal", disse. Entretanto, segundo ele, não é possível quantificar quantas casas tiveram seus hidrômetros adulterados. "Acreditamos que são centenas. Mas não sabemos exatamente, já que é complicado ir de casa em casa para verificar", compelmentou.

A delegada Socorro Tuma, da Delegacia de Combate aos Crimes Contra Concessionárias de Serviços Públicos (DCCCCSP/DIOE), disse que ambos foram autuados pelos crimes de estelionato e dano ao patrimônio público (pela violação do hidrômetro). De acordo com ela, moradores que aceitem propostas desse tipo e tenham seus equipamentos de medição adulterados também podem responder criminalmente. "Se a pessoa permite que o serviço seja feito, ela também pode responder pelo crime de furto, já que irá pagar muito menos do que consumiu de fato", explicou.

Ainda segundo a delegada, a dupla cobrava de R$ 100 a R$ 500 para realizar a adulteração. "Eles com certeza lucravam muito e acredito que tenham feito isso em várias casas", disse. (Jornal Amazônia)

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