Fale com este blog

E-mail: ercio.remista@hotmail.com
Celular/watsap: (91) 989174477
Para ler postagens mais antigas, escolha e clique em um dos marcadores relacionados ao lado direito desta página. Exemplo: clique em Santarém e aparecerão todas as postagens referentes à terra querida. Para fazer comentários, eis o modo mais fácil: no rodapé da postagem clique em "comentários". Na caixinha "Comentar como" escolha uma das opções. Escreva o seu comentário e clique em "Postar comentário".

domingo, 21 de abril de 2013

No Brasil, 14,5 mi sofrem de Alzheimer. Pará possui 40 mil doentes.

De causa desconhecida, mas conhecido erroneamente como 'esclerose' ou 'caduquice', o Alzheimer acomete 100 mil novas pessoas por ano no Brasil. Este dado divulgado no último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, encontrou 14,5 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais diagnosticados com a doença, o que representa uma prevalência de dez a 15% dos casos nessa faixa etária. E mais, a pesquisa indica que metade dos idosos com 85 anos em diante já estão acometidos por esta demência. No Estado, os números também assustam. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer - seção Pará, 40 mil pessoas são vítimas de Alzheimer, destas dez mil vivem na capital. No entanto, o mais alarmante é que em apenas 5 a 10% dos casos diagnosticados há procura por cuidados médicos.

Por se tratar de uma doença degenerativa que se agrava ao longo do tempo, o Alzheimer afeta principalmente a memória, a começar pelo esquecimento de fatos recentes e pela consequente repetição, podendo o paciente lembrar até com precisão episódios ocorridos anos atrás. Outras funções, como atenção, orientação e linguagem, são prejudicadas devido à morte de células cerebrais chamadas de neurônios. Há também alterações psicológicas, de comportamento e personalidade. Para ajudar a retardar esses efeitos, quanto mais cedo o diagnóstico for feito por um especialista, melhor para a qualidade de vida do paciente. Para isso, porém, é necessário que familiares e/ou cuidadores dos idosos fiquem atentos a estes sintomas. Em estágio mais avançado, são comuns o não reconhecimento de familiares, a sensação de estranheza e a incapacidade de realizar atividades corriqueiras, como alimentação e higiene, sem supervisão.

O neurologista Eduardo Leitão, diretor do Hospital Universitário João de Barros Barreto, referência no tratamento de Alzheimer, explica a evolução desta demência nos pacientes. 'Após o período desses esquecimentos, os neurônios continuam se perdendo. Nascemos com em torno de cem bilhões de neurônios. E neurônio é uma célula que se multiplica muito raramente. Mas diariamente se perde em torno de dez mil. Essa perda vai ter reflexo quando você tiver 70, 75, 80 anos, quando começam a surgir os esquecimentos. Com uma perda exagerada, muito mais de 20, 30, cem mil por dia, sobretudo no hipocampo e no córtex, começa a perder as informações linguísticas das pessoas. O paciente não encontra mais no seu arquivo, no seu hipocampo, as palavras para completar uma frase. Eles começam a falar e interrompem; alguns se arriscam e falam coisas desconexas e as pessoas acham que estão doidos. Esse distúrbio da linguagem é muito comum no Alzheimer. Por último entra o distúrbio de comportamento, como fruto do próprio esquecimento. O paciente elabora, executa a marcha pra fazer, mas chegando lá não sabe mais o que ia fazer. Isso irrita, incomoda, deixa a pessoa agressiva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário