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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Polícia expulsa 120 famílias de terreno ocupado no centro de Belém

Cerca de 120 famílias que invadiram um terreno da construtora Village, na avenida Conselheiro Furtado, foram expulsas pela Polícia Militar ontem de manhã. Os invasores disseram que entraram na propriedade na sexta-feira passada. A ocorrência contra o grupo foi registrada às 4h de ontem. Eles são acusados de esbulho possessório (tomada forçada de bem alheio). Caminhões de mudança estavam chegando no momento da retirada, mas deram viagem perdida. A saída foi pacífica.

Vizinhos até apoiavam a invasão pelas constantes ocorrências de crimes no trecho. Objetos e documentos, frutos de roubos, além de roupas, restos de comida, lixo, preservativos usados e focos de dengue foram encontrados durante a limpeza feita para montar o acampamento. Tudo foi registrado em fotos e vídeos pelos invasores e mostrados à equipe de reportagem. Os crimes são de conhecimento da polícia.

Paulo Monteiro, 52 anos, um dos ocupantes, garante que a área está desocupada há mais de 50 anos, desde que a obra foi embargada pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Pará (Crea-PA). O projeto era de um prédio de 18 andares e pouca coisa chegou a ser feita, além das lajes e estruturas que já estão em ruínas. "Todas as famílias que vieram são carentes e moram de aluguel, então precisam. E esta é uma área abandonada que é palco de roubos e crimes o tempo todo. A polícia veio sem ordem judicial e armada. Não pode ser assim. Nós começamos a limpar e cuidar disso desde sexta, o que a empresa dona não quer fazer", disse. Outro ocupante, não identificado, reclamou da agressividade de policiais à paisana e dos policiais da viatura 0206, que atendeu a ocorrência.

O aspirante Luigi Rocha, da PM, afirmou que a polícia foi acionada após a ocorrência ter sido registrada pela Village ainda ontem. A denúncia dava conta de que a invasão teria sido às 4h. Ele foi até o local para a retirada pacífica ou com prisão dos acusados. Ele também contestou as denúncias de abuso ou ameaças. "Chegamos aqui e encontramos esses moradores de rua ocupando o local com influência de um advogado deles. Mas eu sou policial e sempre que entramos numa área estranha e perigosa nós ficamos com a arma em punho, mas não foi apontada para ninguém. A saída foi negociada pacificamente. Não vim com mandado, pois a foi ordem direta do meu comandante, o tenente-coronel Marinho. As ocorrências de crimes na área são conhecidas e estamos trabalhando. A empresa assumiu o compromisso de colocar segurança e cuidar do terreno", disse.

Vizinhos confirmam insegurança em área abandonada
Uma comerciante confirmou que a ocupação ocorreu ainda na sexta à noite e que o local antes foi palco de estupros, suicídios e assaltos. "Nós, moradores e trabalhadores da área, que levantamos o muro e passamos o cadeado com corrente. Agora esse terreno tem uma utilidade social e sou a favor. Não aguentamos mais os assaltos e os comerciantes daqui precisam dar água, comida e se humilhar".

Outra vizinha reforçou: "Tenho 51 anos e esse terreno sempre esteve abandonado. A PM não entra aí depois que os ladrões roubam e se entocam. Essa não é a primeira invasão e nunca o problema é resolvido. Tanto faz se a Village vai tomar providências ou o pessoal vai invadir, mas alguma coisa precisa ser feita logo. Advogados que trabalham aqui pela redondeza já disseram que podem mover uma ação civil pública se nada for feito, pois não dá para continuar com casas, carros e pessoas sendo roubadas".
Advogado da empresa garante providências
O advogado da Village, Sérgio Reis, disse que a empresa adquiriu o terreno há quatro anos e está solucionando pendências judiciais do antigo proprietário para executar os projetos previstos para a área. Ele afirmou desconhecer os problemas denunciados pelos ocupantes, como focos de dengue, lixo e mato, mas assegurou que repassaria a informação à empresa para que sejam tomadas as providências. "O terreno não está abandonado. Mas a Village vai cuidar de qualquer problema que seja encontrado, com certeza", afirmou. (Fonte: Jornal Amazonia)

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