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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Preso estelionatário que se passava por advogado

Foi preso na manhã desta terça-feira (24), no Conjunto Maguari, bairro do Coqueiro, em Belém, o estelionatário Mauro Raimundo Barros de Souza (foto), de 48 anos, que se passava por advogado para aplicar golpes na Região Metropolitana de Belém. Policiais da Dioe (Divisão de Investigações e Operações Especiais) cumpriram mandado de prisão decretado pela Justiça.

De acordo com informações do delegado Neyvaldo Silva, diretor da Dioe, o acusado se passava por advogado e dizia que daria agilidade no andamento de processos para aquisição de benefícios em geral como recebimento de seguros e outros processos, mas para isso exigia documentos e pagamentos adiantados. Quando a vítima realizava os pagamentos, o falso advogado desaparecia. Várias vítimas procuraram a Dioe e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para denunciar o caso.

'Há uma semana fomos comunicados de que a polícia estava investigando falsos advogados na Região Metropolitana de Belém que estariam aliciando pessoas. Fomos atrás dos registros e não encontramos o nome que ele dava para as pessoas, logo descobrimos que se tratava de um falsário. Importante ressaltar que ele se portava como um advogado e até frequentava os lugares onde os advogados estavam', explica Leonardo Carvalho, presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB. Ainda segundo Leonardo, a OAB vai acompanhar o caso de perto porque há suspeitas de que dois advogados da Ordem estariam envolvidos no caso.

Segundo as investigações da polícia, Mauro se passava por 'Dr. Thomas Habib' para aplicar os golpes. Ele dava inclusive um cartão com o nome do escritório 'Exito Advocacia', sediado em Ananindeua, para que as pessoas não desconfiassem das fraudes. Com ele, a polícia apreendeu vários documentos, câmeras fotográficas, um notebook e uma CPU de computador.

Umas das vítimas do estelionatário é Sergio Augusto Silva, proprietário da casa alugada onde Mauro foi preso no Conjunto Maguari. 'Há dois anos ele alugou minha casa e estava pagando tudo direito, mas há seis meses ele deixou de pagar e fomos até um cartório para pegar um documento e pedir a reintegração de posse da casa. Lá descobrimos que ele havia passado a minha casa para o nome dele. Provavelmente ele fez isso falsificando a minha assinatura do contrato', disse. Sérgio fez um Boletim de Ocorrência e já entrou com processo para reaver os documentos da casa.

'As investigações continuam para descobrir o resto dos envolvidos, mas o mais importante é tirar de circulação esse homem que lesava essas pessoas. Ele agia de má fé com elas', pontua o delegado Neyvaldo Silva. O acusado está preso na Dioe e não quis conversar com a imprensa. Ele deve responder pelos crimes de exercício ilegal da profissão, estelionato e falsificação de documentos públicos. (Portal ORM)

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