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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Tornozeleira controla passos de imigrantes nos Estados Unidos

MIAMI — Não há nada que impeça Diana Hernández e Belky Rubio de sair às ruas, como qualquer pessoa comum. Mas as duas, que nem se conhecem, têm preferido ficar em suas casas, longe dos olhos dos vizinhos e curiosos que estranham a borracha preta de quatro centímetros de largura, com uma grande bateria à vista, presa a um de seus tornozelos. O acessório, instalado pela Polícia de Imigração dos Estados Unidos, onde as duas moram atualmente, cumpre o papel de monitorar cada passo das mulheres, literalmente. Trata-se de uma alternativa à prisão de imigrantes ilegais no país, para garantir presença nas audiências e reduzir o número de fugitivos. 

Diana Hernandez, imigrante de Honduras, usa a tornezeleira
Foto: Wilfredo Lee / AP
Diana Hernandez, imigrante de Honduras, usa a tornozeleira
Diana e Belky entraram nos EUA sem autorização. A primeira, de El Salvador, chegou por lá em abril; a segunda vem de Honduras e mora nos Estados Unidos desde 2004. Belky trabalhava como faxineira para juntar dinheiro e construir uma casa em seu país, onde, solteira, tem quatro filhos. Desde janeiro de 2012 usa a tornozeleira eletrônica. - Todos os meus amigos se afastaram por medo de que a migração os pegue. Me dá muita vergonha, me sinto muito diferente dos outros, olham feio para mim - conta Belky, que parou de ser chamada para fazer faxina.

Assim como ela, Diana também perdeu oportunidades de trabalho, além de sofrer com o isolamento social, pressão psicológica e problemas nas pernas e coluna. - Eu estou presa nesta grande nação - diz a moça de 20 anos. - Eu vim para lutar e vencer, não sou criminosa. Eu sinto que as pessoas me enxergam como uma aberração.

As duas engrossam uma lista de cinco mil imigrantes que estão acorrentados pelos tornozelos - cerca de 400 a mais que em 2012, de acordo com estatísticas da Polícia de Imigração. Eles permanecem com o acessório durante todo o o processo de deportação. As autoridades dizem que essa espécie de algema é para pessoas que representam baixo risco para a segurança pública.

Advogado de imigração, Marcial de Sautu reconhece que as mulheres são afetadas emocionalmente, mas defende que é melhor do que permanecer preso: - Na prisão, os imigrantes são limitados em suas atividades, não estão com suas família, não há liberdade alguma. Já com a tornozeleira, há supervisão mas permite que você viva a sua vida, continue sua rotina.

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