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sábado, 22 de março de 2014

Frango abatido é preferência

O Ministério Público do Estado (MPE) está "de olho" no abate de frangos nas feiras livres de Belém. A recomendação é que o sacrifício das aves seja feito somente em estabelecimentos registrados. A intervenção do MPE preocupa não só os trabalhadores, mas também os clientes acostumados a comprar o produto. Embora eles concordem com a necessidade de garantir a qualidade do frango oferecido à população, acreditam que isto pode ser feito com uma fiscalização mais rigorosa em vez da restrição total.

Iracema Rodrigues, 62, trabalha na feira do Guamá há mais de 20 anos, onde vende até 150 frangos nos dias de semana. Há dois anos, ela decidiu investir no negócio e regularizou a barraca, atendendo a todas as exigências do Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa). "Depois de todo o esforço que eu fiz para regularizar tudo, fechar seria uma pena. Só aqui ficariam seis pessoas desempregadas. Se permitirem só a venda de frango resfriado, o prejuízo vai ser muito grande, porque os clientes não gostam muito de levar esse tipo", lamenta.

Segundo ela, as infrações mais comuns nas feiras são deixar o galinheiro sujo, assim como os equipamentos utilizados no abate, não lavar devidamente as panelas e, principalmente, deixar o frango exposto sem refrigeração. "Comprei um refrigerador para colocar o frango, mas tenho duas unidades congeladas há dois dias que ninguém quer levar, mesmo que eu mostre que estão em boas condições", conta ela, que reduziu a oferta de frango resfriado por causa da baixa procura.

Apesar de não perceber muita diferença de preço entre a ave comprada nas feiras e nos supermercados, a gestora de recursos humanos Luana Freitas, 27, prefere a primeira opção. "Gosto muito de carne branca e compro frango na feira três vezes por semana. É melhor para preparar, pega gosto mais fácil. No supermercado alguns já vem até temperados e não é a mesma coisa", observa. Ela diz que já deixou de comprar frango em uma barraca ao notar que as aves ficavam expostas em uma bandeja, sem nenhuma proteção.

O servente Marcos Reis, 34, destaca também a praticidade. "Comprando nas feiras, não preciso esperar muito. Entendo que o poder público queira fiscalizar, mas proibindo o abate eles vão tirar o trabalho de muitas pessoas. Pelo menos uma alternativa deveria ser oferecida", diz.

A recomendação ainda será expedida, conforme anunciado pela 3ª promotora de Justiça da Defesa do Consumidor, Joana Chagas Coutinho, após reunião com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) e com o Devisa. O objetivo é que as aves vivas que entrarem no Estado estejam devidamente registradas, com a finalidade de abate somente em estabelecimentos credenciados.

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