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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Sem propina, não se faz obra pública, alega advogado

Advogado do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, Mario de Oliveira Filho afirmou ontem que, no Brasil, não se faz obra pública sem “acerto” e que quem nega isso “desconhece a história do país’. Apontado como operador do PMDB em esquema de desvio de recursos na Petrobras, Fernando Baiano vai depor amanhã.

O lobista se entregou anteontem na sede da Polícia Federal de Curitiba e é um dos 24 presos que tiveram a prisão decretada na sexta-feira pela Operação Lava Jato — 11 deles já foram liberados.
Fernando Baiano, que irá depor amanhã à PF, foi ontem ao IML para fazer exame de corpo de delito
“O empresário, se porventura faz alguma composição ilícita com político para pagar alguma coisa, é porque se ele não fizer isso não tem obra. Pode pegar qualquer empreiteira e prefeitura do interior do país. Se não fizer acerto, não coloca um paralelepípedo no chão”, afirmou Oliveira Filho.

O advogado do lobista disse ainda que os empresários detidos na Operação Lava Jato são “vítimas da cultura política do país”. Oliveira Filho negou, no entanto, que seu cliente tenha intermediado pagamento de propina em obras da Petrobras.

A participação de Baiano foi citada em depoimentos feitos pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. “Estão tratando ele como bode expiatório. Ele é um empresário que descobre um problema de infraestrutura e vai atrás da solução, vai atrás da empresa que tem a solução, recebendo uma porcentagem absolutamente legítima disso”, justificou o advogado.

Segundo os depoimentos de Youssef e de Paulo Roberto Costa, Fernando Baiano seria o operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras. Mas, de acordo com Oliveira Filho, Baiano não tem relações com o partido. “Dizem que ele é ligado ao PMDB. Perguntei para ele, e ele disse que não conhece o Renan Calheiros, que nunca viu e que não tem ligação nenhuma com o PMDB”, afirmou.

O advogado voltou a dizer que Baiano foi “surpreendido” com o pedido de prisão decretado na sexta-feira. Segundo ele, seu cliente tinha passagem marcada para Curitiba para depor na Polícia Federal. “Ele abriu mão de depor no Rio, onde mora, para vir a Curitiba esclarecer tudo. Estava colaborando com a Justiça”, afirmou.

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