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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Em 1992, expectativa era de Collor 'soltar os cachorros' em fala ao Senado

ORG XMIT: 120101_1.tif As fotos do século - Impeachment de Fernando Collor: o presidente Fernando Collor de Mello olha o relógio no momento de assinar o documento chamado "contra-fé", pelo qual reconhece que responderá, fora do exercício do cargo, por crime de responsabilidade, em 2 de outubro de 1992, em Brasília (DF). Collor recebeu um mandado de citação, assinado pelos presidentes do Senado, Mauro Benevides (PMDB-CE), e do Supremo Tribunal Federal, Sydney Sanches, comunicando a abertura do processo de impeachment e seu afastamento do cargo e um ofício assinado por Sanches colocando à sua disposição os 500 quilos de documentos em que a acusação se baseia. O texto de acusação da Câmara dos Deputados vem acompanhado de 927 páginas que compõem o processo. Brazilian President Fernando Collor de Mello looks at his watch at 10:18 a.m. on Oct. 2, 1992 in Brasilia, Brazil, just before signing a document to temporarily relieve him of his his presidency. Collor, whose term was marked by an economic crises and charges of corruption, was the first and only Brazilian President to be impeached. He resigned from office Dec. 29, 1992, they day before congress would have officially removed him. (AP Photo/Folhapress, Lula Marques) MANDATORY CREDIT  
 Collor prestes a assinar notificação de que responderia, fora do cargo, por crime de responsabilidade
O dia 29 de dezembro de 1992 começou com a expectativa do julgamento final do presidente Fernando Collor no Senado.

Ele até conseguira atrasar o início da etapa derradeira em uma semana —a tática era adiar a decisão até 1993, contando com erros do governo interino de Itamar Franco para voltar.

Mas o plano esbarrou em decisão do Supremo Tribunal Federal que definiu que Collor enfim começaria a ser julgado na última terça-feira do ano.

O país acordava também naquele dia querendo saber se o próprio Collor iria ao julgamento, que iria até a madrugada do dia 31, durando menos que o de Dilma Rousseff.

Até ali, dera inúmeros sinais de que se defenderia no Senado. Queria discursar por 30 minutos, sem ser apartado pelos senadores. Cogitou falar de improviso.

O aliado Ney Maranhão (PRN-PE) anunciou: "Ele vai vir em pessoa e soltar os cachorros".

Seus advogados defendiam a ida, mas havia também os que preferiam que ele faltasse, acusando cerceamento de defesa para justificar novo adiamento.

Na véspera, o porta-voz Etevaldo Dias dizia que Collor "tendia a comparecer" e repetia o que ele prometia há meses: "Jamais renunciará".

Em muitas ocasiões, nem deu abertura a aliados que defendiam a entrega do cargo exporem argumentos.

No dia D, minutos após o início da sessão, para a surpresa dos aliados, Collor deu sua última cartada para tentar se livrar ao menos da perda de direitos políticos.

Não foi ao Senado, descumpriu a promessa e renunciou à presidência da República.

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