Renan Calheiros discute com Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann, senadores do PT
A segunda sessão do julgamento de Dilma Rousseff no Senado teve novas brigas ontem (26). A discussão mais tensa foi entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). O dia foi destinado a ouvir as testemunhas convocadas pela defesa da presidente afastada.
Renan Calheiros, que pouco apareceu no primeiro dia, pediu a palavra para criticar duramente os colegas pelas brigas no plenário. Ele chamou as discussões de “espetáculo” e “demonstrações de que a burrice é infinita”, e acrescentou que os parlamentares estão passando a imagem de que o Senado é um “hospício”.
Ele também atacou Gleisi, que no dia anterior havia dito que os senadores não tinham moral para julgar Dilma. “Isso não pode acontecer. Como uma senadora pode fazer uma acusação dessas?”, questionou. Em seguida, afirmou que conseguiu “desfazer o indiciamento” da petista e de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, no Supremo Tribunal Federal (STF).
O comentário revoltou Gleisi e seus aliados, entre eles o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que chamou de “baixaria” a fala de Renan. A confusão generalizada fez com que o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que comanda o julgamento, suspendesse os trabalhos e antecipasse o intervalo para o almoço. Mesmo com a sessão interrompida, Gleisi e Renan continuaram batendo boca. Durante a tarde, com a cabeça mais fria, o presidente do Senado afirmou que estava arrependido. "Achei desproporcional aquela provocação e reagi, mas quando isso acontece, eu me arrependo demais e tenho uma brutal ressaca no dia seguinte", desabafou.
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