O deputado Manuel Rosa Neca (PR-RJ) chegou à Câmara como suplente, em
janeiro de 2013. Cinco meses mais tarde, ingressou no plano de
previdência dos congressistas. Completou apenas dois anos de mandato
como deputado federal. Com o aproveitamento (averbação) de parte de
mandatos anteriores de vereador e prefeito em Nilópoles (RJ), além de
mais 26 anos de contribuição ao INSS, conseguiu a aposentadoria e
recebe, hoje, R$ 8,6 mil. Esse é um dos exemplos das facilidades do
Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC), que conta com
regras bem mais brandas e flexíveis do que as previstas na reforma da Previdência a ser votada pelos deputados e senadores nos próximos meses.
Mas as regras do plano são ainda mais permissivas. Um deputado pode
se aposentar a partir de apenas um ano de exercício do cargo, desde que
faça averbações de outros mandatos ou contribuições ao INSS. O
ex-deputado Junji Abe (PSD-SP) exerceu o cargo por apenas quatro anos,
entre 2011 e 2015. Em janeiro de 2015, teve aprovadas pela Câmara a
averbação de mandatos de deputado estadual, vereador e prefeito de Mogi
das Cruzes que somavam 20 anos de exercício desses cargos. O valor da
averbação ficou em R$ 1,4 milhão. Em junho daquele ano, conseguiu ainda o
aproveitamento de 12 anos de contribuições ao INSS. Fechou 24 anos de
mandatos e assegurou uma aposentadoria de R$ R$ 23 mil.
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