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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Um passeio por Santarém de antigamente (12)

O Igarapé do Irurá era o point preferido da molecada para um banho bem gostoso e, também, de pessoas que iam ali apenas para uma lavagem em seus carros. Hoje, no pouco que resta do igarapé, a poluição torna imprópria a água para ser bebida ou até mesmo para banho. Eu tive o prazer de desfrutar de inesquecíveis banhos neste local, durante o dia e, às vezes, à noite, com boas companhias. No maior, respeito, é bom frisar.
Dica: Clique na foto para aumentá-la

2 comentários:

  1. “IRURÁ” (Chorinho)
    Música e letra: Vicente José Malheiros da Fonseca
    (Belém-PA, 15.11.2008)
    Arranjo: Quarteto de Cordas (versão revista)

    IRURÁ
    (Chorinho)
    Música e letra: Vicente José Malheiros da Fonseca
    Belém (PA), 02.05.2006

    Eu vou cantar
    Neste chorinho
    Engraçadinho
    Tudo aquilo
    Que aprendi
    Nos velhos tempos
    De criança
    Mas há quem diga
    Que esta moda antiga
    Ah! Quanta saudade
    Aumenta a minha fé

    Todo domingo
    Bem cedinho
    De mansinho
    Na calada
    Da alvorada
    Sempre mais um desafio
    Mas não se avexe
    Que esta vida é boa
    Quanta saudade
    Desse igarapé

    Mergulho
    Na água fria
    Depois da bola
    Não tem melhor
    Água tão cristalina
    Isso eu já sei de cor
    No fundo, dentro do peito
    Por toda a vida
    Sempre haverá
    Meu coração revela
    Claro, meu Irurá

    Este chorinho
    Só dá conta
    De dizer
    Bem menos
    Que eu queria
    De qualquer forma
    Vou levando no compasso
    Que esta coisa é séria
    Preste atenção
    Não fuja não
    Acerte o passo que esta dança é fogo
    Igarapé
    Só mesmo no Irurá
    Coisa pai d’égua assim não há!

    Então me diga
    Diga logo
    Bem depressa
    O que significa
    Igarapé, que coisa estranha,
    Geladinho
    Mas pra quê que serve?
    Serve pra tudo
    Que é remédio
    Panacéia, cura até ressaca,
    Mas sabe onde é que tem
    Só em Santarém.

    Quase sem jeito
    Volto agora
    Pro começo
    Do chorinho
    Dá licença
    Que já é tarde
    Vamo embora
    Mas o recado
    Que não cala nunca
    Ah! Tiro das águas desse igarapé

    Mas pera lá
    Que vou dizer
    Dessa beleza santarena
    Pois se a alma não é pequena
    E nem será, não,
    Mas há quem diga
    Com muita certeza
    O paraíso fica no Irurá
    Mas há quem diga
    Com muita certeza
    O paraíso fica no Irurá, sim.
    ___________________________

    Comentários sobre a obra:

    Um chorinho, para o qual o compositor escreveu diversos arranjos.
    Com o arranjo para Quarteto de Cordas e Percussão, o compositor obteve menção honrosa por haver sido um dos quatro vencedores do Concurso Internacional de Composição 2006, promovido pelo Quinteto Amizade, de Brasília (DF).
    Naquele arranjo, a composição adota, em princípio, a indicação para que, na repetição, as cordas executem a peça em pizzicato, justamente para torná-la invulgar e mais consentânea com os instrumentos utilizados no chorinho brasileiro (cavaquinho, bandolim e violões). Isso não impede, porém, que os intérpretes não possam dosar a execução com o uso do arco, em alguns trechos, sem comprometer a ideia básica da composição.
    Na versão revista para Quarteto de Cordas, a partitura já indica a dosagem para a execução em pizzicato e com arco.
    O título da obra corresponde ao nome de um igarapé (riacho, pequeno canal ou braço de rio), situado na cidade natal do compositor (Santarém, Estado do Pará), afluente do Rio Tapajós (que, por sua vez, é afluente do Rio Amazonas). O igarapé, em foco, tem águas cristalinas e geladas (em razão da cobertura natural das árvores, como se fosse um túnel), a ponto de permitir que, no passado, servisse de “geladeira” natural, onde se costumava colocar garrafas de refrigerantes ou cervejas, amarradas, pelo gargalo, num barbante preso em alguma pedra pesada, enquanto os jovens ficavam jogando bola ou desfrutando de outras brincadeiras, até chegar a hora gostosa do mergulho no igarapé do Irurá, uma das diversões mais deliciosas de que os santarenos jamais esquecem.
    A pedido da soprano Carla Maffioletti, brasileira, natural de Porto Alegre (RS), residente na Holanda (Maastricht), integrante da famosa orquestra do violinista André Rieu (Johann Strauss Orchestra), o compositor dedicou um arranjo deste chorinho "Irurá" (Quarteto de Bandolim, Bandola e Violões) ao conjunto holandês "The Strings" (dirigido por Annemie Hermans), onde a soprano também executa violão. Veja o site do conjunto na Internet: http://www.thestrings-stein.nl/.
    O chorinho tem aproximadamente 2 minutos, mas a felicidade de tomar um banho no Irurá é eterna.
    É do compositor a letra da música, que indica o seu clima.

    Ouça a música (execução simulada por computador):

    https://soundcloud.com/vicente-malheiros-da-fonseca/irur-vicente-fonseca-quarteto

    Abraços,

    Vicente Malheiros da Fonseca.

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  2. Meu prezado amigão Vicente:
    Como sempre, seus comentários valorizam as minhas postagens sobre a nossa terra querida. Obrigado! Um grande braço.

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