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terça-feira, 21 de março de 2017

Coroa periguete contesta com ousadia o padrão esperado da mulher velha

Por Miriam Goldenberg - Folha de SP
Na minha pesquisa sobre envelhecimento, muitas entrevistadas acusaram determinadas mulheres de serem coroas periguetes.

Periguete (junção das palavras perigosa e girl) é, no verbete de um dicionário, "uma mulher namoradeira, sexualmente vulgar e escandalosa, que normalmente adora perseguir homens de todos os tipos".

Ser uma coroa periguete não é uma identidade, é uma categoria de acusação, um estigma que algumas mulheres mais velhas carregam como consequência do modo de se vestir e do comportamento considerado ridículo.

A coroa periguete não é uma mulher invisível, muito pelo contrário. Ela não aceita o imperativo: "seja uma velha; comporte-se como uma velha". Ela contesta, com suas escolhas e atitudes ousadas, a lógica da dominação masculina que exige que as mulheres mais velhas sejam discretas, apagadas e invisíveis.

Ao mesmo tempo que a coroa periguete questiona os comportamentos femininos mais amplamente aceitos, ela também pode provocar inveja por não se submeter ao que é socialmente esperado para as mulheres. Mesmo que de forma inconsciente, ela combate, com sua ética e estética, os preconceitos e os tabus relacionados ao corpo, à afetividade e à sexualidade das mulheres mais velhas. 

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