Editorial - Estadão
O PT mente com tamanha determinação e energia que, mesmo sendo o
principal responsável pela crise econômica, política e moral que o País
hoje enfrenta, consegue aparecer, pasme o leitor, como a vanguarda da
luta contra um governo em cuja testa pregou o estigma de “corrupto” e
“inimigo do trabalhador”. Se há algo que o governo de Michel Temer
poderia aprender com os aguerridos petistas, é justamente o vigor com
que eles se dedicam à tarefa de fazer prevalecer sua versão dos fatos,
mesmo que esta, no caso petista, contrarie frontalmente a realidade.
Tivesse metade dessa garra ao defender as reformas que encaminhou e ao
denunciar o descalabro que herdou da trágica era lulopetista, certamente
o presidente Temer estaria em melhor situação.
É certo que a mentira frequenta certos círculos políticos, mas, numa época em que, infelizmente, a verdade aparenta importar cada vez menos, o PT parece ter entendido muito bem o poder do discurso que seja apenas “lógico”, isto é, que faça “sentido”, embora não guarde relação nenhuma com a realidade. Se é de uma batalha que se trata, travada entre a realidade e a “pós-verdade” – termo que designa as circunstâncias em que as crenças pessoais são mais importantes do que os fatos objetivos –, o PT está claramente muito mais bem preparado para ela do que seus adversários.
É certo que a mentira frequenta certos círculos políticos, mas, numa época em que, infelizmente, a verdade aparenta importar cada vez menos, o PT parece ter entendido muito bem o poder do discurso que seja apenas “lógico”, isto é, que faça “sentido”, embora não guarde relação nenhuma com a realidade. Se é de uma batalha que se trata, travada entre a realidade e a “pós-verdade” – termo que designa as circunstâncias em que as crenças pessoais são mais importantes do que os fatos objetivos –, o PT está claramente muito mais bem preparado para ela do que seus adversários.
Mais aqui >O que o PT tem a ensinar
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