A floresta protegia os garimpeiros do forte sol amazônico, enquanto um
deles, José Antonio dos Santos, cavava no fundo de um poço de 13 metros.
Já são 11 meses perfurando o solo da Floresta Estadual (Flota) do Paru (PA) em busca de ouro, mas até agora os quatro companheiros de trabalho não acharam um grama sequer do metal.
Aos 72 anos, Santos é um dos cerca de 2.000 garimpeiros clandestinos que atuam dentro de uma região montanhosa a leste da Flota –o principal potencial minerário dentro da Renca (Reserva Nacional de Cobre e Associados), segundo o Serviço Geológico Brasileiro.
A extinção da reserva pelo governo Michel Temer, em agosto, permitindo a exploração mineral, pegou os garimpeiros de surpresa. Acostumados a viver sem a presença do Estado, eles agora temem ser despejados por grandes mineradoras. Nenhum acredita que a medida tenha sido adotada a fim de legalizá-los.
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