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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Editorial - Estadão: Lula caçoa do País

Que Lula tem escasso apego à realidade e à verdade, nem mesmo os petistas mais ingênuos são capazes de negar. Aliás, pode-se dizer que, para essa gente, uma de suas grandes “qualidades” é justamente a de sustentar suas patranhas palanqueiras mesmo diante de dados e informações que as desmentem categoricamente – afinal, se os fatos contrariam o falatório de Lula, pior para os fatos. Mas nos últimos dias, durante visita do chefão petista ao Rio de Janeiro, essa capacidade de caçoar do País atingiu o estado da arte.

Para começar, o ex-presidente atribuiu as agruras do Rio à Operação Lava Jato. “A Lava Jato não pode fazer o que está fazendo com o Rio”, discursou Lula, em referência aos efeitos da ação anticorrupção na Petrobrás. “Se um empresário errou, prende o empresário. Mas não quebra a empresa, porque quem paga é o trabalhador. Porque dizem que meia dúzia roubou, não pode causar o prejuízo que estão causando à Petrobrás”, disse Lula.

O discurso é uma inacreditável coleção de afrontas. Ao contrário do que diz Lula, a Lava Jato ajudou a salvar a Petrobrás, livrando-a dos diretores corruptos que ali estavam para pilhá-la e para distribuir o fruto do roubo entre os partidos que sustentavam os governos petistas. O saneamento da maior estatal brasileira deve muito à depuração proporcionada pela Lava Jato, que ajudou a recuperar quase R$ 1,5 bilhão em recursos desviados.

Sob nova e saneadora direção, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a Petrobrás revisou seus investimentos, que haviam sido ampliados irresponsavelmente por uma administração que pretendia transformar a empresa em ponta de lança do projeto de poder de Lula, e alterou sua política de preços, antes determinada pelos interesses eleitoreiros dos governos petistas, que tantas perdas causaram à estatal. Como resultado, a Petrobrás interrompeu obras desnecessárias, excessivamente custosas ou que haviam sido projetadas apenas para servir ao esquema de corrupção.

Foi o caso das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo o Tribunal de Contas da União, a construção, lançada com fanfarra pelo governo de Lula em 2010, gerou para a Petrobrás um prejuízo de US$ 12,5 bilhões, dos quais US$ 9,5 bilhões podem ser atribuídos à gestão temerária dos prepostos petistas que dirigiram a estatal no período. As obras foram suspensas em razão desse prejuízo. Como ali trabalhavam 35 mil pessoas, pode-se imaginar o tamanho do drama social que a corrupção e a inépcia dos governos petistas causaram.

Mas Lula da Silva, com seu profundo desdém pela ética e sua escancarada falta de pudor, não viu problema nenhum em se encarapitar num carro de som em frente ao Comperj para bradar que “é inaceitável que um país, em meio a essa crise econômica e esse desemprego, deixe parada uma obra dessa magnitude por irresponsabilidade desse governo”.

Na ocasião, Lula disse que era “notícia estarrecedora” a informação de que os dois presidentes da Petrobrás na gestão petista, José Sérgio Gabrielli e Graça Foster, serão processados por improbidade administrativa em razão da decisão de congelar os preços dos combustíveis a pretexto de controlar a inflação. Essa política irresponsável gerou prejuízo de R$ 60 bilhões à Petrobrás, segundo cálculo da Organização Mundial do Comércio. O valor é três vezes superior ao que se estima tenha sido desviado pela corrupção. Mas Lula simplificou tudo ao dizer que Gabrielli e Graça Foster “estão sendo processados porque não aumentaram o gás e a gasolina”, enquanto o presidente Michel Temer “aumentou o gás em 68% em sete meses”. Ou seja, no fabulário de Lula, quem quebrou a Petrobrás é herói, e quem se dispõe a saneá-la é vilão.

É hercúlea a tarefa de quem se dispõe a desmontar o engodo lulopetista. Muita gente prefere acreditar em Lula, que não tem compromisso nenhum com a verdade, a aceitar a árida e complexa realidade – que a mediocridade populista do chefão petista reproduzida pelo “poste” Dilma Rousseff jogou o País no fundo do poço.

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