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segunda-feira, 30 de abril de 2018

Clonando Pensamento: Meditar sobre a morte é preciso

"Defendo com firme convicção a tese de que precisamos todos aprender a olhar o inevitável fim da vida com naturalidade e muita esperança. Para isso, basta criarmos o hábito de meditar diariamente sobre a morte, mantendo-nos em satisfatórias condições para o incerto encontro com Deus.
 
Não procure a morte, mas também não tenha esse pavor irracional dessa nossa benfazeja amiga. Creio que tememos bem mais as dores de uma doença, as humilhações de uma invalidez do que a morte em si mesma. Tudo, porém, é desígnio do Senhor. Muitas vezes parecem-nos absurdos, injustos e cruéis certos transes da vida, mas lá no céu compreenderemos todos os mistérios e vamos reconhecer a perfeição da sabedoria divina. Por enquanto, compete-nos o dever diário de pensar um pouquinho na morte, sempre desconfiando de que poderemos não ver a aurora seguinte. Se Cristo vier, de repente, maravilhoso será estarmos em condições de ir com Ele ao paraíso."
 
(Da crônica “O eterno prêmio”, escrita pelo meu mano Emir Bemerguy em novembro de 1982 e publicada no jornal O Liberal)

Petista quer proibir Supremo de televisionar sessões

Em nova ofensiva contra o Judiciário, o PT tenta emplacar na pauta da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara um projeto que proíbe a TV Justiça de transmitir as sessões do Supremo Tribunal Federal (STF) e demais tribunais superiores. A proposta, de autoria do deputado Vicente Cândido (PT-SP), foi apresentada em 2013, mas virou prioridade para o partido depois de a Corte negar HC apresentado contra a prisão do ex-presidente Lula. Petistas avaliam que o resultado poderia ser diferente não fosse a transmissão ao vivo gerar pressão sobre os ministros.

O projeto do deputado petista prevê que a TV Justiça se limite a divulgar os atos do Poder Judiciário, “sem transmissão ao vivo e sem edição de imagens e sonoras das suas sessões e dos demais Tribunais Superiores”.Vicente Cândido justifica que a exibição das sessões na TV expõe os ministros. “As entranhas da Justiça é que estão sendo mostradas com sensacionalismo exacerbado por parte de alguns ministros em particular.”

O deputado petista é o mesmo que apresentou a “emenda Lula”, e que tinha o propósito de impedir a prisão de candidatos oito meses antes da eleição. Se tivesse avançado, Lula não poderia ter sido preso. 

A colaboração de Palocci precisa iluminar gavetas que até hoje ficaram no escurinho das investigações

Por Elio Gaspari - Folha de SP
Antonio Palocci chegou ao Ministério da Fazenda em 2003 antecedido por denúncias de malfeitorias praticadas quando era prefeito de Ribeirão Preto, mas foi protegido pela simpatia do andar de cima, sobretudo da banca. Uma das maracutaias envolvia uma licitação de R$ 1,2 milhão para a compra de cestas básicas, grosseiramente manipulada para favorecer empresas amigas.

Como ministro da Fazenda de Lula e chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, Palocci tornou-se o comissário do andar de cima. A aliança de empreiteiros, empresários e papeleiros com Lula, Dilma e José Dirceu era essencialmente oportunista. Com Palocci havia mais que isso. O ex-ministro enriqueceu ao passar pelo governo.

Quando o juiz Sergio Moro bloqueou suas contas pessoais e empresariais, tinha R$ 30,8 milhões. Vivia num apartamento cinematográfico comprado por R$ 6,6 milhões. Uma parte contabilizada dessa receita veio de contratos de consultoria com grandes empresas.

A colaboração do ex-ministro poderá resultar na exibição de novas conexões da máquina de roubalheiras. Hoje, empreiteiros e fornecedores larápios tornaram-se arroz de festa. Palocci operava no lado oculto da Lua e pode mostrar como as propinas disfarçavam-se de caixa dois ou fingem ser contratos de consultoria. Um exemplo pitoresco dessas ligações perigosas circulou há poucos meses.

Palocci teria contado que, em 2002, antes do início do romance do PT com a banca, armou a transferência de US$ 1 milhão do ditador líbio Muammar Gaddafi para a campanha de Lula. Tomara que o comissário tenha mostrado à Polícia Federal a trilha bancária dessa transação.

A espera pelo acórdão do golpe

No site O Antagonista
Raquel Dodge já disse e repetiu que aguarda o acórdão de Dias Toffoli para decidir se entra ou não com recurso contra a decisão da Segunda Turma do STF de tirar das mãos de Sergio Moro trechos da delação da Odebrecht sobre Lula e qual é exatamente o recurso cabível nesse caso, registra Eliane Catanhêde no Estadão.

“Moro, demais ministros do Supremo, advogados, imprensa e sociedade também aguardam o acórdão e a reação de Dodge. É assim que o mundo político e jurídico, sacudido por tantos lances e emoções, está com a respiração suspensa à espera do acórdão (atenção: acórdão, não acordão) da Segunda Turma revelando qual a real dimensão da surpreendente decisão que favorece Lula e esvazia Moro.Logo, o foco está em Dias Toffoli, que assumiu audaciosamente a linha de frente do seu time e será o próximo presidente do Supremo a partir de setembro. Após seu acórdão da decisão da Segunda Turma, todos os recursos irão para ele, não mais para Edson Fachin, que é o relator da Lava Jato e do time adversário. E, depois de setembro, Toffoli terá, nada mais, nada menos, o controle da pauta do Supremo. Seja o que Deus quiser.”

Temer cancela de novo viagem à Ásia

Três meses após desistir de ir à Ásia por recomendação médica, Michel Temer cancelou, mais uma vez, a viagem que faria ao continente a partir da próxima semana. Com passagens por Cingapura, Tailândia, Indonésia e Vietnã, o foco principal seria a abertura do mercado desses países para exportações brasileiras.

O novo cancelamento ocorre após as suspeitas da Polícia Federal de que o presidente tenha lavado dinheiro de propina por meio do pagamento de reformas nas casas de familiares.

Editorial - Folha de SP: Fraudes no ENEM

Um exame nacional do qual participam quase 7 milhões de estudantes, como o Enem, é coisa séria. Tanto mais porque da nota obtida depende a chance de entrar numa universidade pública, o que para muitos representa a única oportunidade de um diploma superior.

Prevenir e combater fraudes, assim, constitui um imperativo de justiça. Sem isso, alguns poucos mal-intencionados tomarão os lugares que, por mérito, se destinariam aos jovens que obtiveram escores altos sem recurso a trapaças.

E elas ocorrem, em quantidade ao que tudo indica muito acima do que se detecta. Foi o que revelou uma investigação estatística empreendida por esta Folha.

Segundo o trabalho, nas edições de 2011 a 2016 do Enem verificou-se alta probabilidade de haver ocorrido fraude em 1.125 provas. O filtro empregado detectava, em meio a 3 milhões de gabaritos, combinações de respostas com uma chance em mil (ou mais de mil) de acontecer.

Foram incluídas na análise as provas realizadas pelos 10% de participantes que obtiveram as melhores notas. O contingente corresponde àqueles com maior probabilidade de obter vagas em cursos concorridos, como medicina e engenharia.

A cifra de 1.125 possíveis engodos, da simples “cola” entre dois indivíduos a sistemas eletrônicos de transmissão de respostas, aparece em forte contraste com o número de fraudes oficialmente comprovadas pelo Inep (órgão federal responsável pelo Enem) e pela Polícia Federal —apenas 14.

O Inep informa que recorre a estudos estatísticos para localizar prováveis falcatruas e encaminha os indícios coletados à PF, à qual cabe empreender a investigação dos casos. Também vem implementando medidas como instalar detectores de metais, para impedir o ingresso de celulares nas salas, e rastreadores de pontos eletrônicos.

São providências corretas e necessárias, que no entanto dão margem a uma espécie de corrida armamentista entre larápios e examinadores. Como sempre haverá candidatos dispostos a pagar para conseguir entrar numa escola médica, por exemplo, o alto prêmio incentiva a busca incessante de meios mais e mais sofisticados.

A falha do Estado reside em não ir tão fundo quanto poderia na apuração dos indícios de logro. Faz bem o Ministério Público Federal em pedir ao Inep uma investigação mais ampla dos casos.

Editorial - Estadão: Respeitar para ser respeitado

O protagonismo adquirido pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Ministério Público nos últimos anos ampliou consideravelmente o peso dessas instituições no debate nacional e nos destinos do País. Essa centralidade colocou o Judiciário na vanguarda da política, como consequência do processo de questionamento da legitimidade do Legislativo e também do Executivo.

Nem é o caso de discutir se esse estado de coisas foi criado pela própria ação de juízes e de procuradores da República engajados no ativismo judicial, responsável pela demonização da classe política. O fato é que, hoje, magistrados e procuradores ocuparam o espaço que antes era reservado exclusivamente aos políticos, razão pela qual ganharam inédita evidência.

Há pouco mais de uma década, raros eram os brasileiros que seriam capazes de citar o nome de um ou outro ministro do Supremo; hoje, um ex-ministro daquela Corte aparece como presidenciável com enorme potencial eleitoral, e as discussões no plenário do Supremo são campeãs de audiência na TV. A escalação dos ministros é mais conhecida do que a de populares times de futebol e a opinião pública sabe distinguir perfeitamente os pendores ideológicos e políticos de cada um deles. Já a Operação Lava Jato elevou alguns de seus integrantes, juízes ou promotores, à categoria de astros nacionais. Tudo o que dali emana, seja na forma de investigação, seja como mero comentário, torna-se imediatamente objeto de discussões apaixonadas.

Com a grande visibilidade, contudo, vem a grande responsabilidade. Dessas instituições e de seus integrantes deveria emanar a serenidade que se espera de quem tem como tarefa preservar o direito e mediar conflitos. Mas o que se tem visto, cada vez mais, é um inaceitável destempero, que pode ser útil para estimular a militância deste ou daquele grupo político, ou uma torcida uniformizada qualquer, mas em nada contribui para a saúde institucional do País.

Em situações que lamentavelmente têm sido comuns, alguns ministros do Supremo se digladiam diante das câmeras de TV ou se agridem por meio da imprensa, isso quando não atacam o Ministério Público, questionando sua lisura e seus métodos. Já alguns procuradores da República têm exagerado em sua defesa da Lava Jato, enxergando em todo canto, inclusive no Supremo, terríveis tramoias contra a operação. Há até quem parta para a pura e simples ofensa pessoal.

Assiste-se, assim, a uma briga de apaches no sistema judiciário, em que operadores da lei se engalfinham e golpeiam uns aos outros para ver quem tem mais “legitimidade”. Se não é possível vencer com argumentos jurídicos, que seja no grito, e de preferência desmoralizando completamente o oponente. Nem no Congresso, onde a luta política algumas vezes descamba para o desrespeito pelo adversário, isso seria aceitável, pois, numa democracia saudável, a divergência não pode ser tratada como uma ofensa.

O protagonismo do Judiciário infelizmente parece que veio para ficar, mesmo que o Legislativo e o Executivo venham a recuperar um pouco do respeito perdido em razão dos intermináveis escândalos de corrupção e da imensa crise de representatividade. Isso se reflete não apenas na judicialização de quase tudo no País, mas também no sucesso da militância política de magistrados e procuradores que se consideram a vanguarda saneadora da vida nacional e da militância sindical a que estão proibidos por lei que não respeitam porque é de sua aglutinação em guilda que tiram parte de seu poder de pressão e intimidação. Se é assim e assim continuará a ser, que ao menos esses protagonistas então façam melhor uso do poder recém-alcançado.

Para começo de conversa, não se pode admitir que a algaravia substitua a discussão civilizada, sobretudo no principal tribunal do País. Tampouco se pode aceitar que procuradores da República ajam como valentões, chamando desafetos para a briga. Tudo isso pode fazer enorme sucesso entre os que gostariam de ver o País pegar fogo, mas é terrivelmente deletério para as instituições e a democracia. Se pretendem preservar o destaque que adquiriram e, com ele, realmente ajudar o Brasil a superar a terrível crise moral e política que enfrenta, esses protagonistas devem, em primeiro lugar, trocar espalhafato e agressividade por serenidade e respeito. Serão capazes disso?

Tristeza: Morreu ODILSON ROCHA

Foi ontem, em Santarém. Era colunista social do jornal O Impacto. Odilson tinha 54 anos de idade, se submeteu, recentemente, a uma cirurgia na coluna para tratamento de câncer. O caso se agravou e ele foi internado no Hospital Regional do Baixo Amazonas,mas resistiu à gravidade da doença e foi a óbito. Aos seus familiares, os nossos pêsames.

Força e fé, Gumer!

Ontem, por telefone, conversei com o meu amigão Gumercindo Rebelo. Deixou o hospital onde estava internado e já está em sua casa, sendo assistido, com muita dedicação e carinho, por sua querida Elza. Disse-me que sabe que o seu estado de saúde ainda é preocupante, mas está otimista quanto à sua recuperação. É o que desejamos, Gumer, e continuamos rezando para que isto aconteça sem demora.

Violência: Está demais!


Não costumo registrar ocorrências policiais, mas reconheço que o povo de todos os municípios do Pará está apavorado com tanta violência e com tantas mortes.

Ontem (29), por exemplo, foi um dia de terror, que parece não ter fim. Desde o início da tarde, foram registradas 11 mortes e nove baleamentos na área metropolitana de Belém.

Uma das vítimas foi a cabo da PM Maria Fátima Cardoso dos Santos, de 49 anos, que teve a casa invadida por criminosos e foi executada impiedosamente. A audácia foi tanta que seus algozes levaram ainda a arma e o colete da militar. Com a morte da cabo, subiu oficialmente para 21 o número de policiais mortos no Pará desde o início do ano.
REAÇÃO: 800 POLICIAIS NAS RUAS
Apartir desta segunda-feira (30), áreas de grande incidência criminal da capital paraense, nas demais cidades da Região Metropolitana de Belém (RMB) e do interior do Estado serão ocupadas por centenas de homens e mulheres da Polícia Militar, com o início da Operação Sáfara 3. Além disso, a PM adotará a chamada jornada extraordinária na capital e em toda RMB, com a finalidade de colocar mais policiais nas ruas. Serão cerca de 800 policiais adicionados à rotina de policiamento.

A estratégia da Sáfara 3 visa prevenir e conter os números alarmantes de registros de homicídios.

A ofensiva da PM vai basear equipes de batalhões e companhias, de unidades especializadas e especiais, como o Comando de Missões Especiais (CME), da Companhia de Operações Especiais (COE), do Comando de Policiamento Especializado (CPE), com atuação integrada com a Polícia Civil e demais forças estaduais e municipais.

domingo, 29 de abril de 2018

Balas do atentado são de uso restrito do Exército, da PF e de policiais

Por Mauro Lopes, jornalista, no site petista Brasil 247
As armas que mataram Marielle e atiraram contra acampamento Marisa Letícia, ferindo duas pessoas, uma delas gravemente, o sindicalista Jeferson Lima de Menezes, são ambas pistolas 9 mm. Como se sabe disso? Porque foram encontrados cartuchos (cápsulas) deste tipo de arma tanto ao redor do carro onde estava Marielle no Rio como do lugar de onde partiram os disparos em Curitiba.

O fato é grave, é gravíssimo. Pois as pistolas de 9mm são armas de uso restrito no Brasil. Apenas o Exército e a Polícia Federal usam têm autorização para uso destas armas em serviço. Além deles, a partir de agosto de 2017, por decisão do Exército, PMs e policiais civis, entre outros agentes, passaram a ter o direito de adquiri-las para uso pessoal.

O Comando Exército lançou em 24 de agosto de 2017 quatro portarias (966, 967, 968 e 969) estabelecendo quem pode usar tais armas. Diz o texto do Comando Logístico da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército que divulgou a decisão: “O Comando do Exército Brasileiro assinou, no dia 08 de agosto de 2017, as Portarias 966, 967, 968 e 969, que autorizam a aquisição de até 2 (duas) armas de fogo de porte de uso restrito, no calibre 9mm, na indústria nacional, para uso particular por agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência, policial rodoviário federal, policial ferroviário federal, policial civil, policial e bombeiro militar dos Estados e do Distrito Federal, agentes das polícias legislativas do Congresso Nacional, da Carreira de Auditoria da Receita Federal e Analistas Tributários diretamente envolvidos no combate e na repressão aos crimes de contrabando e descaminho.”

Em outras palavras: é conhecido e delimitado o universo de pessoas aptas a usarem as armas 9mm. E são todas elas policiais, militares ou agentes de segurança do Estado.

ESTÁ CLARO?
Marielle foi morta há 45 dias. O atentado contra o acampamento ocorreu há um dia, mas já há até vídeos com a imagem do autor dos disparos. Mas ninguém foi preso. E as autoridades do golpe e das forças de seguranças recusam-se a investigar e passam o tempo a lançar insinuações e acusações contra as vítimas e as forças de esquerda. Mas está claro de onde partiram os tiros que mataram Marielle no Rio e atingiram os que estão ao lado de Lula em Curitiba.

Gente que brilha: NICODEMOS SENA

Terceiro romance de Nico­de­mos Sena (1958), “A Mu­lher, o Homem e o Cão” (Edito­ra LetraSelvagem, 2009) não só confirma o talento do seu autor como, ao lado de seus livros anteriores, é obra de referência para o estudo temático da vida das populações marginalizadas da Amazônia (indígenas e caboclos) na Literatura Brasileira.

Por seu estilo ímpar, o autor já foi comparado a grandes ficcionistas brasileiros, como Graciliano Ramos (1892-1953), Mário de Andrade (1893-1945), Érico Veríssimo (1905-1975), Guimarães Rosa (1908-1967) e João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), e a importantes ficcionistas latino-americanos, como o paraguaio Augusto Roa Bastos (1917-2005) e o peruano José María Arguedas (1911-1969).

A exemplo do que fez Gui­ma­rães Rosa em “Grande Sertão: Ve­redas”, com a figura de Riobaldo, o personagem-narrador de “A Mulher, o Homem e o Cão” fala diante de um suposto ouvinte sobre as suas vivências no meio da floresta amazônica, discorrendo histórias fantásticas, com ele ocorridas e com sua família, que estão perpassadas por mitos regionais e bíblicos.

Lendas e mitos
Nicodemos Sena, nascido em Santarém do Pará, viveu em seu Estado natal até 1977. Em 1978, passou a residir em São Paulo, onde bacharelou-se em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e, mais tarde, em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). No início de 2000, recebeu convite para dirigir a redação do jornal “A Província do Pará” e a principal editora de Belém, a Cejup, trabalhando na capital paraense até o fim do ano, quando retornou a São José dos Campos (SP).

Insatisfeito com os primeiros contos que escreveu, dedicou-se a um projeto mais amplo, um romance que resultou na magnífica saga amazônica “A Espera do Nunca Mais”, de 870 páginas, editado pela Cejup, em 1999, seu livro de estreia. O livro, com suas lendas e mitos, mistério e sortilégio, matas e rios, igarapés e igapós, rendeu ao seu autor em 2000 o Prêmio Lima Barreto/Brasil 500 anos, da União Brasileira de Escritores (UBE), seção do Rio de Janeiro.

Em 2003, saiu à luz o seu segundo romance, “A Noite É dos Pássaros”, igualmente recebido com entusiasmo pela crítica, publicado em forma de folhetim, em dezoito episódios semanais, de 3 de abril a 31 de julho, no jornal “O Estado do Tapajós”, de Santarém, e na revista eletrônica portuguesa “TriploV”.

Em 2017, ele publicou pela LetraSelvagem “Choro por Ti, Belterra!”, uma prosa poética formada por 19 episódios, reconstituindo o dia em que o autor fez viagem de retorno às origens, em companhia de seu pai, depois de um percurso de algumas horas pela rodovia Santarém-Cuiabá, até entrar numa estradinha de terra que leva à Estrada Um e, enfim, às ruínas da cidadezinha de Belterra.

Na década de 1940, a cidade fora dirigida pela Ford Motor Company, empresa do magnata norte-americano Henry Ford (1863-1947), que, em plena Segunda Guerra Mundial (1939-1945), tentaria fazer da extração da borracha uma atividade lucrativa, fornecendo os pneumáticos necessários para movimentar os veículos militares. 
 
(Com informações de Adelto Gonçalves, doutor em Letras na área de Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo - Jornal Opção)

Pré-campanha de Bolsonaro se volta a eleitorado evangélico

Movimentos recentes do deputado Jair Bolsonaro (RJ), pré-candidato do PSL à Presidência da República, mostram que ele tem intensificado sua aproximação com o eleitorado evangélico.

Na quinta-feira passada, Bolsonaro participou de dois encontros com evangélicos em Brasília e hoje tem presença confirmada no encerramento do 36.º Congresso Internacional de Missões dos Gideões da Última Hora, em Camboriú, em Santa Catarina.

Bolsonaro é católico de formação. Na Câmara, adota discurso conservador e é defensor de bandeiras simpáticas aos evangélicos como a proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a legalização do aborto e a descriminalização de drogas. O deputado também se diz a favor “da família e dos costumes” ao mesmo tempo em que afirma que todo cidadão deveria andar armado.

Bolsonaro recebe apoio de nomes influentes como o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e o pastor e senador Magno Malta (fptp), um dos líderes da frente religiosa no Congresso. Malafaia celebrou seu casamento com a atual mulher. Malta foi cortejado pelo pré-candidato para ser vice em sua chapa.

Em visita a Roraima, no início do mês, Bolsonaro lançou como pré-candidato ao Senado por seu partido o pastor da Assembleia de Deus Isamar Ramalho. No discurso para uma plateia de fiéis, o pastor comparou Bolsonaro a personagens bíblicos e afirmou, apontando para o deputado, que “Deus tem uma pessoa certa para cada templo, e este é o homem para este”. Já Bolsonaro afirmou que “Deus não dá nenhuma cruz que não possa carregar”.

Na quinta-feira, Bolsonaro conversou reservadamente com o pastor Cláudio Duarte. Influente nas redes sociais, ele indicou apoio a Bolsonaro. “No que você precisar eu tenho aí um movimento na minha rede social”, disse. Antes do bate-papo, o deputado assistiu da primeira fila à palestra do pastor a um auditório lotado de mulheres na região central de Brasília.

Sua passagem foi discreta e ele se mostrou tímido diante do pastor – postura que o pré-candidato ao Planalto pretende manter nos encontros religiosos, bem diferente da que adota em discursos e nas redes sociais.

Editorial - Folha de SP: A Saúde do SUS

Criado pela Constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 30 anos com números e resultados expressivos.

Sete em cada dez brasileiros dependem exclusivamente de seus serviços, que incluem acesso a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde e o maior modelo público de transplantes de órgãos do mundo.

O SUS também provê assistência integral e gratuita aos portadores do HIV e de um leque de enfermidades graves. Desde 1994, desenvolve um programa de atenção básica, o Estratégia Saúde da Família, com progressos em casos de doenças cardiovasculares e infecciosas e na redução de mortes infantis.

O sistema foi tema de encontro com especialistas na quinta edição do Fórum Saúde do Brasil, realizado pela Folha. Ao longo dos debates foram destacados os aspectos positivos e os obstáculos que dificultam sua expansão.

O SUS tem falhado em eliminar as longas filas e gargalos no atendimento de casos de média e alta complexidade —um dos tormentos da população, que elegeu a saúde como o maior problema do país em pesquisa Datafolha.

Conspiram contra seu bom funcionamento fatores como carência de financiamento, desorganização da rede, adição de novos tratamentos e limitações no atendimento preventivo.

União, estados e municípios investem em torno de R$ 240 bilhões por ano no setor, cerca de 3,8% do Produto Interno Bruto —em países ricos (e de população mais idosa), são comuns despesas governamentais de 7% a 9% do PIB.

Embora a discrepância seja apontada pelos estudiosos, é irrealista contar com expansão significativa das verbas em meio às severas restrições orçamentárias atuais.

Ganhos valiosos podem, no entanto, ser obtidos com gestão mais eficiente. A contratação de serviços de organizações sociais, por exemplo, mostra-se uma experiência a ser estendida e aperfeiçoada.

Há que fortalecer a atenção primária nos postos, minimizando a busca pelos especialistas —que gera custos e exames desnecessários.

Municípios devem se articular para a montagem de hospitais e policlínicas de maior porte, capazes de atender a região com mais qualidade e recursos tecnológicos. Por fim, pode-se repensar a amplitude dos recursos oferecidos pelo SUS. Em diversos países, a rede pública oferece o essencial; o restante fica a cargo do setor privado.

Tais providências decerto não são simples; mais um motivo para estudá-las já. Não se pode correr o risco de tornar insustentável um sistema que, com suas carências, precisará servir a uma sociedade em processo de envelhecimento.

sábado, 28 de abril de 2018

Ataque a tiros em acampamento pró-Lula em Curitiba deixa dois feridos, diz PT

Duas pessoas ficaram feridas após um ataque a tiros contra o acampamento de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Curitiba, na madrugada deste sábado (28).

Um dos feridos é Jeferson Lima de Menezes, 38, que levou um tiro no pescoço e está internado no Hospital do Trabalhador. Ele faz parte do sindicato dos motoboys do ABC paulista e atuava como segurança do acampamento no momento do ataque.

Os disparos acertaram também um banheiro químico, provocando estilhaços que feriram sem gravidade uma mulher no ombro. Ela foi atendida no hospital e liberada.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, as primeiras informações são de que uma pessoa a pé efetuou os disparos. No local, foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm. Os acampados dizem que o ataque ocorreu por volta de 4h da madrugada. Em protesto nesta manhã, os militantes fecharam a av. Mascarenha de Morais, no bairro Santa Cândida, mas a via já foi liberada.

Um inquérito foi aberto para investigar o caso. Ainda segundo a secretaria, peritos da Polícia Científica do Paraná, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, estiveram no local.

Em reunião entre o presidente do PT do Paraná, Dr. Rosinha, e o diretor-geral da secretaria, o delegado responsável pelo DHPP e o delegado-geral da Polícia Civil, ficou acertado que o policiamento no acampamento será permanente.

Também foi acordado que a investigação sobre o caso será a mais rápida possível e que haverá segurança reforçada para o ato de Primeiro de Maio.

Nesta tarde, policiais começaram a ouvir testemunhas do ataque. Segundo Dr. Rosinha, a polícia irá analisar câmeras de segurança do entorno do acampamento e investigará carros que ameaçam o local.

“Tem carros que são os mesmos que passam e a mesma agressividade. É repetitivo. Dois, três dias seguidos, o mesmo carro”, disse.

Ele afirmou ainda que não há a possibilidade de mudar o acampamento ou desfazê-lo. “A possibilidade de acabar o acampamento é a liberdade do Lula. Lula livre, acaba o acampamento e a vigília.”

Segundo Regina Cruz, presidente da CUT no Paraná e coordenadora do acampamento, a segurança também será reforçada com câmeras.

REPÚDIO
Por meio de nota, integrantes da Vigília Lula Livre, que integra o acampamento em Curitiba, repudiaram o ataque e afirmaram que não serão intimidados.

“A sorte de não ter havido vítimas fatais não diminui o fato da tentativa de homicídio, motivada pelo ódio e provocação de quem não aceita que a vigília é pacífica, alcança três semanas e vai receber um Primeiro de Maio com presença massiva em Curitiba”, diz o texto.

A nota lembrou ainda um ataque com barras de ferro contra militantes do acampamento e pediu policiamento.

“No fundo, é uma crônica anunciada. Desde o dia quando houve a mudança de local de acampamento, cumprindo demanda judicial, integrantes do movimento social haviam sido atacados na região. Desde aquele momento, a coordenação da vigília já exigia policiamento e apoio de viaturas, como foi inclusive sinalizado nos acordos para mudança no local do acampamento.”

Em vídeo divulgado nas redes sociais, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que o ataque é parte de uma perseguição contra Lula e movimentos de esquerda, e criticou a Operação Lava Jato.

“A situação de violência e intolerância no país está muito grave. Nós não podemos aceitar isso”, disse.

Em nota, o partido lembrou o ataque a tiros contra a caravana de Lula pelo sul do país e o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) no Rio.

“O ataque é mais um episódio de violência política contra a democracia e acontece um mês depois de tiros terem atingido ônibus da caravana Lula Pelo Brasil no interior do Paraná. Até agora não foram presos os autores dos disparos feitos no mês passado e tampouco os de ontem. [...] O assassinato da vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro continua impune.”

Dr. Rosinha também pediu o fim da violência e criticou de maneira implícita o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

“Eu nunca vi, em 26 anos de vida pública, sempre fizemos disputa política e ideológica, mas nunca vi tamanha agressividade aqui no Paraná ou mesmo no Brasil. E o que me preocupa muito é o discurso fazendo apologia à violência de candidato a presidente da República e seus seguidores. Me nego a citar nomes", afirmou.

ACAMPAMENTO
O acampamento pró-Lula fica a cerca de um quilômetro da sede da Polícia Federal, onde o ex-presidente está preso desde o último dia 7. Tendas e barracas foram instaladas em um terreno alugado pela organização. Neste sábado, havia 83 pessoas acampadas.

Por ordem da Justiça do Paraná, que determinou multa diária de R$ 500 mil aos manifestantes, o acampamento deixou a frente da PF, onde estava instalado a princípio.

Tendas e barracas foram instaladas em um terreno alugado pela organização no último dia 17, depois que a Justiça do Paraná determinou que os manifestantes, antes acampados em frente à PF, deixassem o local sob pena de pagarem multa diária de R$ 500 mil.

JOSÉ DIRCEU
Condenado a 30 anos, nove meses e 11 dias de prisão, o ex-ministro José Dirceu pregou autodefesa ao comentar, na manhã deste sábado (28), ataques à bala ao acampamento de apoiadores do ex-presidente.

Em mensagens a petistas, o ex-ministro disse que os militantes devem se preparar para esta nova fase e, ao menos, se dedicar à autodefesa. ​“Vamos apanhar nas ruas de novo, nossa bandeira rasgada e nossos militantes agredidos? Vamos à luta, responder à altura. Sem violência, mas na luta e combate”, escreveu.

Cármen Lúcia envia a ministros do STF lista de ataques à corte

A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, enviou a colegas, em um envelope fechado, o levantamento que a segurança do tribunal fez sobre ataques sofridos por magistrados da corte na internet.

DUPLA
Nele se destacam os xingamentos do promotor Ricardo Montemor, que já está sendo investigado pela corregedoria do MPSP (Ministério Público de SP), e críticas recorrentes do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato em Curitiba.
 
OU VAI...  Magistrados do STF abriram diálogos com a PGR (Procuradoria-Geral da República) para que alguma providência seja tomada já que se consideram vítimas de injúria e difamação, como a coluna revelou na quinta (26). Caso contrário, estudam abrir um inquérito no próprio STF contra o procurador.
 
LEVIANO 
Carlos Fernando já responde a processo disciplinar por ter chamado Michel Temer de “leviano, inconsequente e calunioso”. O corregedor Orlando Rochadel Moreira recomendou oficialmente a ele que se abstivesse de emitir juízos de valor nas redes sociais em relação a políticos, partidos e investigados.
 
LIVRE 
Lima ignorou a recomendação. Na quinta (26), ele afirmou que a possibilidade de o Supremo abrir um processo “somente demonstra autoritarismo e é incompatível com a liberdade de expressão”. Disse ainda que decisões da Justiça “devem ser cumpridas, mas não isentas de serem criticadas”.

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sexta-feira, 27 de abril de 2018

Cineasta paraense lança curta-metragem

Hoje (27), às 18h, no Centro de Artesanato e Cultura Cristo Rei, em Santarém, oeste do Estado, ocorrerá o lançamento do curta-metragem “Covato - Desenterre seus Segredos”, do premiado cineasta Emanoel Loureiro, o segundo da carreira dele. Amanhã, dia 28, será exibido dentro do Terminal Fluvial Turístico, na orla da cidade.

O filme Covato é um drama, inspirado em uma história real, que se passa na década de 70, na cidade de Santarém, no Pará. O enredo narra a prisão de um coveiro, que comete crimes vilipendiosos em cadáveres, no cemitério central da cidade. “Além de abordar um drama vivenciado pelo personagem principal em sua infância e que o motiva a cometer crimes, o filme também traz uma sátira que lembra a atual conjuntura de corrupção evidenciada em nosso país”, observa o cineasta.

Com um enredo criativo e as ricas paisagens evidenciadas na obra, o cineasta comprova o seu talento na produção cinematográfica regional, prendendo a atenção do espectador, emocionando e conquistando públicos, num clima de muito suspense e ação.

O filme também exibe o antigo centro histórico santareno, reconstruído digitalmente. E ainda resgata uma coletânea de imagens reais de arquivo, feitas durante a visita do Presidente Ernesto Geisel no município de Santarém, em agosto de 1977.

O personagem principal é vivido por Sandro Vidal, que divide o mesmo personagem com Enzo Aguiar, durante a infância; e com Evandro Boa Morte, que faz o papel do coveiro durante a juventude. Já o famoso cantor santareno Ray Brito, encontra o seu talento de ator, dando vida ao delegado, responsável pela prisão do coveiro Antônio das Chagas.Ainda durante as filmagens, a falta de uma equipe técnica, redobrou o trabalho do diretor, que usou de vários recursos digitais para gerar um magnífico efeito visual às imagens.

O Cineasta
O cineasta e publicitário Emanoel Loureiro é santareno, filho dos descendentes de portugueses Raul e Laura Franklin Loureiro, que durante muito tempo foram os responsáveis pelas atrações culturais de Santarém, por meio dos cinemas: “Olympia” e “Cinerama”, uma tradição familiar com mais de 80 anos.Atualmente, o cineasta reside na capital paraense e é casado com a jornalista e advogada Giulla Loureiro.
Diplomado em Cinema pela New York Film Academy, Emanoel Loureiro, já recebeu vários prêmios com suas produções culturais, com destaque para o filme: “Meu Tempo Menino”, a primeira obra cinematográfica genuinamente santarena. 
(Com informações do Portal ORM)

Elas merecem ser parabenizadas

Empregadas domésticas, pessoas queridas e especiais
Hoje (27), o dia é dedicado às empregadas domésticas, trabalhadoras que merecem toda a nossa admiração. A maioria delas, por muitos anos atua nos lares ajudando as famílias criarem seus filhos, lavando e passando roupas, cozinhando, limpando a casa, enfim, fazendo tudo, dia e noite. São bastante estimadas e, algumas, até consideradas como membros da família. Não deixem de abraçar neste dia, as maravilhosas "secretárias do lar".

Lava Jato: Wadih Damous é mentiroso, covarde e ‘suplente de deputado’

A força-tarefa do MPF no Paraná emitiu nota em que “repudia os insultos lançados” pelo deputado petista Wadih Damous, aquele que chamou Gilmar Mendes de aliado de ocasião.

Damous atacou a juíza federal Carolina Moura Lebbos, por barrar a romaria petista à cela de Lula na PF em Curitiba. Ele também desferiu impropérios contra juízes e procuradores.

“Suas palavras mostram destempero e completa falta de compromisso com a verdade, preferindo denegrir pessoas e instituições a estabelecer uma crítica minimamente razoável ou fundamentada, sobre os trabalhos de dezenas de agentes públicos nos processos da operação Lava Jato, o que se esperaria de um parlamentar e ex-presidente de seccional da Ordem dos Advogados. Infelizmente, o suplente de deputado esconde-se atrás da imunidade parlamentar para dar vazão aos seus despropósitos e insultos.”

Em síntese, a Lava Jato chamou Damous de destemperado, mentiroso, covarde e suplente de deputado. Colocaram o dedo na ferida do petista. 
Fonte: O Antagonista

Ataques em série

Por Eliane Cantanhêde - Estadão
A Lava Jato enfrenta três ataques frontais: a pressão para revogar a prisão após condenação em segunda instância, a autorização do Supremo para o senador cassado Demóstenes Torres ser candidato em outubro e, agora, a retirada de trechos das delações da Odebrecht da mesa do juiz Sérgio Moro. Aí tem!

São três frentes e três ministros da Segunda Turma do Supremo, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, com um aliado atuante na Primeira Turma, Marco Aurélio Mello, que decidiu matar no peito a prisão em segunda instância.

A nova jogada, envolvendo os trechos sobre o ex-presidente Lula nas delações da Odebrecht, gerou perplexidade e uma única certeza até no próprio Supremo: há uma trama não apenas para favorecer Lula e esvaziar Moro, mas para favorecer os demais peixes graúdos fisgados e esvaziar a própria Lava Jato. Só por isso, Gilmar, Lewandowski e Toffoli teriam mudado o voto dado em outubro de 2017.

A partir dessa certeza, acumulam-se dúvidas sobre qual a amplitude da decisão e quais serão os próximos passos. Um ministro do Supremo chegou a encomendar parecer de auxiliares para tentar desvendar o mistério e não ser surpreendido mais adiante.

Até agora, há esforço para tentar minimizar a decisão da Segunda Turma, alegando que foi uma “mera formalidade” e que Moro continua com os inquéritos do sítio de Atibaia e do Instituto Lula, podendo até pedir o compartilhamento de provas (como as delações da Odebrecht), se julgar necessário.

Não é tão simples. Se fosse, os três ministros não mudariam o voto de poucos meses antes, nem passariam por cima de uma constatação óbvia para juristas e leigos: as delações da Odebrecht tratam didática e diretamente das relações triangulares entre Lula, a empreiteira e a Petrobrás. Logo, são parte inquestionável da Lava Jato, que está sob a jurisdição de Moro.

Isso é tão óbvio quanto a importância da prisão em segunda instância no combate à impunidade. Ou quanto a irrelevância das revisões no STF e no STJ de julgamentos em tribunais regionais – como, aliás, mostrou o ministro Luís Roberto Barroso com números contundentes. Apesar disso, persistem as tentativas de retrocesso no Supremo e também no Congresso.

E o que dizer da decisão de Toffoli, em liminar, e depois da Segunda Turma, em julgamento, autorizando a candidatura de Demóstenes apesar da cassação pelo Senado? Ou melhor, depois de tudo? Uma ironia que se faz em Brasília é que Toffoli não decidiu assim por morrer de amores por Demóstenes, mas talvez por morrer de amores por outro personagem: Lula, que, hoje, está preso em Curitiba e tecnicamente inelegível pela Lei da Ficha Limpa.

Não custa lembrar que, num mesmo dia, a terça-feira passada, Gilmar admitiu de manhã em São Paulo, em tese, a possibilidade de redução da pena de Lula; à tarde, chegou esbaforido ao STF para votar pelo envio das delações da Odebrecht sobre Lula para a Justiça paulista; à noite, foi se encontrar com o presidente Michel Temer no Palácio Jaburu. A ironia, no caso de Gilmar, é que ele não fez tudo isso por amor a Lula nem por algum personagem específico, mas por vários deles. Além de fazer também por rigor na interpretação da lei, que ninguém lhe nega.

Agora, tenta-se adivinhar os próximos movimentos de Toffoli, Lewandowski e Gilmar na Segunda Turma e de Marco Aurélio correndo por fora, mas com o Ministério Público na cola e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, compartilhando a perplexidade geral e as desconfianças que assolam Brasília.

Meio de brincadeira, meio como provocação: a delação de Antonio Palocci também não tem nada a ver com a Lava Jato? E será retirada de Sérgio Moro? Tudo parece possível.

Editorial - Folha de SP: A regra da incerteza

Causa estranheza a recente decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, tomada por por 3 votos a 2, de retirar dos documentos a cargo do juiz Sergio Moro, de Curitiba, trechos da delação premiada da Odebrecht referentes ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Moro examina supostos favores concedidos ao líder petista nos casos do sítio de Atibaia e da compra de terreno para o instituto que leva seu nome. Pela argumentação vencedora no colegiado do STF, não haveria provas do vínculo entre esses benefícios e a corrupção na Petrobras —esta, sim, o foco do processo em curso no Paraná.

Com isso, o conteúdo dos depoimentos se encaminha para a Justiça Federal de São Paulo. Enquanto não for publicado o acórdão com os termos dessa decisão, permanece obscuro o seu impacto.

Segundo Moro, o caso de Atibaia não depende da delação para prosseguir —sendo consensual, aliás, que nenhuma delação, por si só, tem o valor de prova definitiva.

Note-se que as investigações sobre o sítio iniciaram-se antes dos testemunhos da Odebrecht; viera do ministro Edson Fachin, minoritário na Segunda Turma, a anuência para que seu conteúdo fosse remetido a Curitiba. É este ponto, apenas, que se vê revertido agora.

Por outro lado, a defesa de Lula já adianta sua disposição de requerer o completo encaminhamento dos dois processos à Justiça paulista.

Repete-se, aqui, uma linha já adotada por seus advogados: a de negar a existência de provas quanto a qualquer vínculo entre eventuais favores prestados ao ex-mandatário e os fatos relativos a contratos e desvios na Petrobras.

A seguir esse raciocínio bizarro, o presidente de então não teria tido influência na nomeação dos diretores da estatal, nem poder sobre os entendimentos destes com partidos de sua base parlamentar.

Esta alegação daria fundamentos para rejeitar a condenação do petista no próprio caso do tríplex de Guarujá —um presente da construtora OAS, no entender da primeira e da segunda instância— e encontra simpatia da maior parte dos ministros da Segunda Turma, na qual Edson Fachin e Celso de Mello foram derrotados.

Mais uma vez, o Supremo Tribunal Federal se mostra dividido, com Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes em oposição constante às teses e decisões de Fachin, Luís Roberto Barroso ou Cármen Lúcia.

Fosse na Primeira Turma, e não na Segunda, o resultado seria inverso; por sinceras e fundamentadas que sejam as convicções de cada ministro, ganha aspecto de verdadeira loteria o desfecho de cada grande caso de corrupção no país. A incerteza e a imprevisibilidade são a regra; o julgamento definitivo, a completa exceção.

Servidores públicos estaduais entram em greve a partir da próxima quarta (2)

Os servidores públicos estaduais do Pará decidiram ontem (26) que vão entrar em greve a partir da próxima quarta-feira, dia 2 de maio. A decisão foi feita durante assembleia geral unificada. A categoria reivindica 30% de reajuste salarial, uma vez que nos últimos três anos o valor ficou ‘congelado’, ocasionando em perda salarial.
Fonte: DOL

Festança

"Ercio, sábado (28), é o aniversário do meu filho Lucas. Os festejos serão à beira de um igarapé em São Braz (na estrada Santarém/Alter do Chão), com a nossa família e amigos, degustando, sabes o quê? Pacú, charutinho e jaraqui fritinhos. Isto como ´entrada` e, no almoço, caldeirada de tucunaré, maniçoba e vatapá. E, não diz pra ninguém: serviremos também picadinho de tartaruga, com farofa, tudo dentro da legalidade. Estás convidado! Um abraço do ..."
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Do poster:
Ocultei o nome desse meu amigo para evitar que penetras compareçam a essa festa, afinal, o cardápio é de primeiríssima qualidade. Agradeço o convite, mas infelizmente não poderei estar presente para saborear a peixada e a tartaruga, pois resido em Belém. Vida longa ao Lucas é o que desejo.

“Galeria de Amigas”: BENNA LAGO

Sonhos são adoráveis. Mas são só sonhos. Sonhos não se tornam realidade só porque você sonhou. É o esforço que faz as coisas acontecerem. Com muito esforço, humildade e competência, Benna alcançou o merecido sucesso como radialista e empresária do ramo de eventos sociais.

Eleições na CASF: Chapa 3

Enviado por Sofia Lisboa, com pedido de publicação.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

"Galeria de Amigas": MARIA DE LOURDES MATOS


Ela nos faz lembrar que a vida é bem melhor se tivermos amor no coração, muita fé em Deus e um sorriso no rosto.

Promotor chama ministros do STF de "canalhas e "fdp"



A corregedoria do Ministério Público de São Paulo vai instaurar uma reclamação disciplinar para investigar os xingamentos postados terça-feira (24) pelo promotor Ricardo Montemor em uma rede social.

"Confesso estar muito, mas muito cansado mesmo de toda esta canalhice que é feita no STF pelos canalhas [Ricardo] Lewandowski, [Dias] Toffoli, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello. Não há um só dia que estes fdp não tentam sacanear e acabar com a Lava Jato ou botar na rua o bandido corrupto Lula. A solução ideal não posso dizer. Perderia o emprego se dissesse o que eles realmente merecem. Até quando vamos ter que aguentar esta bandidagem togada?", escreveu Montemor.

A manifestação chegou ao conhecimento de ministros do STF, que reagiram entre incrédulos e indignados, segundo a coluna apurou.

Uma representação foi encaminhada também para o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Caso se entenda que o promotor cometeu um crime, ele pode ser processado pelo próprio procurador-geral de Justiça de SP.

Sabem que peixe é este?

Quando visito Santarém, na praia Ponta de Pedras, é uma das minhas pedidas. Com uma caipirinha, então, é uma delicia.

Palocci e Polícia Federal fecham acordo de delação premiada

Preso desde setembro de 2016, o ex-ministro Antonio Palocci assinou acordo de delação premiada com a Polícia Federal. Fontes vinculadas ao caso confirmaram ao GLOBO que a colaboração avançou com rapidez nos últimos dias. Em sigilo, além de terem fixado as bases dos benefícios que serão concedidos a Palocci, os investigadores inclusive já teriam concluído a fase de depoimentos. A colaboração de Palocci, no entanto, ainda não foi homologada pela Justiça.

As revelações do ex-ministro devem dar um novo impulso à Lava-Jato. As informações e os documentos fornecidos por ele seriam suficientes para abertura de novos inquéritos, operações e até mesmo prisões, segundo revelou ao GLOBO uma fonte que conhece o caso de perto.


Pacto de sangue
Palocci quebrou o silêncio em setembro do ano passado quando, em depoimento  ao juiz Sérgio Moro, acusou Lula haver celebrado um “pacto de sangue” com a empreiteira Odebrecht e recebido um pacote de propina que incluía o terreno do Instituto Lula, o sítio em Atibaia, “palestras” com cachê de R$200 mil cada uma, e R$150 milhões para as campanhas do ex-presidente.

O ex-ministro contou que  o dinheiro e as vantagens para Lula eram produto de corrupção por meio de contratos superfaturados com empresas públicas. Palocci também acusou a ex-presidente Dilma de compactuava com o esquema. Confessou também que ele e Lula tentaram atrapalhar a Lava Jato.
Fontes: O Globo e Diário do Poder 
Hoje, 26 de abril, é:
Dia do Juiz da Justiça do Trabalho.

Transmito um abraço aos ilustres magistrados santarenos que atuam ou atuaram na Justiça do Trabalho, entre eles, Vicente e José Wilson Fonseca, Zuila Dutra e Tadeu Matos. Também o saudoso Reinaldo Teixeira Fernandes.

A esquerda é o Titanic de 2018. Já bateu no iceberg e afunda em meio ao ridículo

Por Clóvis Rossi, colunista da Folha de SP
Que a esquerda está em crise em boa parte do mundo não chega a ser uma grande novidade. Novidade é que significativa parcela do mais importante partido da esquerda brasileira, o PT, esteja contribuindo para esse cenário geral de crise com uma forte pitada de ridículo.

Se a única ideia que os petistas podem oferecer é essa estupidez de acrescentar "Lula" ao nome, é melhor chamar o Tiririca para substituir a Gleisi Hoffmann na presidência do partido. Palhaçada por palhaçada, fiquemos com quem é mais autêntico.

Idiotice à parte, passemos a uma crítica fulminante à esquerda vinda de um acadêmico, Wanderley Guilherme dos Santos, de impecáveis credenciais esquerdistas e um propagandista entusiasmado do governo Lula.

"Esse é um mundo no qual a esquerda do século 20 não tem mais lugar. Por isso toda esquerda no mundo hoje é obsoleta, conservadora e reacionária. Ela se organizou em termos de pensamento e ação no século 19 para concorrer com o liberalismo em termos de imaginário futuro de organização social. O liberalismo oferecia o progresso, a esquerda oferecia a revolução pela ruptura. A queda do muro de Berlim destruiu esse projeto alternativo. A esquerda desde então tem estado na defensiva e não é à toa que sua palavra de ordem seja resistência", escreveu esse cientista social para o último número de 2017 da trimestral revista Inteligência.

Sou obrigado a concordar com ele, até porque já escrevi inúmeras vezes que a esquerda —não só a brasileira— não conseguiu ainda sair dos escombros do muro de Berlim, mesmo passados quase 30 anos da queda. Foi também o fim do comunismo e é intrigante que mesmo a esquerda que não comungava com o comunismo soviético tenha se ressentido.

Se a obsolescência da esquerda tivesse provocado apenas a ascensão de uma direita civilizada, não haveria grandes problemas. Veja-se o Chile: a esquerdista Michelle Bachelet dá lugar ao direitista Sebastián Piñera, que, quatro anos depois, devolve a cadeira a Bachelet para que ela a entregue, após outros quatro anos, a Piñera. E o Chile vai em frente, tropeçando às vezes, mas sem uma crise tremenda como a que devorou o Brasil e ainda se faz sentir.

O problema é que o vácuo deixado pela esquerda foi preenchido pela extrema-direita, como escreve Dani Rodrik, um heterodoxo professor de economia política internacional na Escola de Governo John F. Kennedy, da mitológica Harvard: "Tivessem os partidos políticos, particularmente os de centro-esquerda, perseguido uma agenda mais ousada, talvez o crescimento de movimentos de direita, nativistas [nacionalistas], pudesse ter sido evitado".

O raciocínio parece correto, mas o problema é que nem a direita (civilizada) nem a esquerda puseram de pé até agora uma agenda capaz de contrapor-se "às queixas que autocratas populistas exploraram com sucesso —desigualdade e ansiedade econômica, a percepção de declínio do status social e o abismo entre as elites e os cidadãos comuns", para citar de novo Rodrik. A esquerda brasileira acha mesmo que pôr "Lula" no nome é uma agenda suficiente?

Falta de pressa. 'Não se vê urgência para arrancar o País do buraco'

Por William Waack, colunista do Estadão
Um dos aspectos mais fascinantes da crise política brasileira e do comportamento de elites pensantes é a perda da noção de tempo. Não se detecta sentido de urgência no trato de qualquer questão essencial para arrancar o País do buraco ao qual teríamos chegado de qualquer jeito – à incompetência, irresponsabilidade e voracidade de governos do PT e seus associados devemos “agradecer” por terem apressado nosso encontro com a hora da verdade (a de que estamos ficando velhos sem termos ficado ricos).

Sociedades caem vítimas de seus próprios mitos com mais frequência do que se pensa. Para permanecer em tempos recentes, e como caricatura para ilustrar o argumento, pensem nos nazistas (que se achavam imbatíveis) ou nos soviéticos (que se achavam donos do futuro). No caso brasileiro, o título do clássico de 1941 de Stefan Zweig – Brasil, Um País do Futuro – às vezes parece uma maldição. É óbvio que o livro não tem a menor culpa disso, mas a postura de boa parte de elites aqui sugere terem se tornado adeptas da crença de que o futuro nos pertence e inevitavelmente será risonho. Como se sabe, em História não há o inevitável.

Em outras palavras, acreditamos que o tempo trabalha a nosso favor, sobretudo quando lidamos com prazos mais dilatados, e optamos por ignorar evidências. A principal chama-se janela demográfica, que está se fechando e foge ao nosso controle. Nos acostumamos a crescer nos últimos 30 anos incorporando ao mercado de trabalho um número grande e aparentemente inesgotável de jovens mal qualificados. Para crescer e enfrentar agora a competição lá fora teremos de melhorar índices de produtividade estagnados há décadas, e com menos jovens à disposição – algo que já se reflete no eleitorado: pela primeira vez a proporção de jovens entre 16 e 24 anos diminuirá em 2018 em relação à última eleição, enquanto cresce o peso relativo dos eleitores acima dos 60.

Para quem comemora o aumento da nossa renda per capita nos últimos, digamos, 15 anos, cumpro aqui o papel chato de lembrar que a diferença para a renda per capita dos países avançados permanece inalterada, ou até um pouco pior para nós. Embora briguem sobre quais fatores afetam diretamente o crescimento de países, economistas não duvidam da forte influência exercida por uma taxa mínima de investimento anual. A nossa é baixíssima e piorou, pois o setor público, do qual tanto dependemos, perdeu essa capacidade de investimento. Em outras palavras, estamos jogando contra o tempo.

Há outros sinais preocupantes, dos mais variados, indicando que nós gostamos de acreditar que as coisas se resolvem por decurso de prazo. Abominamos o sistema político-eleitoral, por exemplo, mas deixamos passar recente oportunidade para reescrever as regras das próximas eleições, que provavelmente asseguram a permanência de boa parte das figuras e dos métodos que detestamos. E, recentemente, ao considerar o habeas corpus para Lula, o Supremo Tribunal Federal forneceu um exemplo acabado da mentalidade dos estamentos burocráticos que mantém o País sob seu firme domínio: a mentalidade que prefere manipular prazos e evita abordar frontalmente problemas difíceis.

Filmes e exposições na Alemanha lembraram no ano passado os 75 anos do suicídio de Stefan Zweig (um dos escritores mais populares na Europa na metade do século 20) e sua mulher, ocorrido em Petrópolis. Ainda em vida seu livro sobre o Brasil como um país do futuro tinha sido criticado como ingênuo. Consigo entender o que Stefan Zweig, transformado em “Kulturpessimist” pela catástrofe europeia daquela era, enxergou como esperança no Brasil. O problema é a nossa falta de pressa.

Grata lembrança

Eu, ao lado de dois bons amigos e ex-colegas de trabalho no BASA, Otávio Pereira (in memoriam) e Márlio Cunha.

Por Lula, deputados quase trocam tapas no plenário

Deputados contra e a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quase se agrediram fisicamente no plenário da Câmara na madrugada desta quinta-feira, 26.

Petistas partiram para cima do delegado Éder Mauro (PSD-PA), que insistia em chamar Lula de “ladrão” no plenário durante a votação de uma medida provisória. Por pouco não houve troca de tapas entre os parlamentares.O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu calma para que a sessão pudesse continuar. Outros deputados também se manifestaram. “Cala a boca, peruquinha!”, gritou um parlamentar para Éder Mauro.

Brincar de candidato preso não é só uma maluquice, é irresponsabilidade política

Por Roberto Dias - Folha de SP
Por mais maluca que esteja a corrida deste ano, o corredor polonês da eleição logo mais vai entrar em funcionamento. Os candidatos serão convidados a falar em público. Irão a sabatinas. Participarão de debates. Darão entrevistas. Terão sua vida escrutinada. Nomearão assessores, que darão voz a suas ideias (caso existam).

E o PT, como fica? Essa história de brincar de candidato preso não é apenas uma maluquice. Por mais bonito que o cálculo eleitoral possa parecer —e há muita dúvida se é tão bonito assim—, trata-se de irresponsabilidade política.

Um dos mais antigos partidos do país, o PT conta com a maior bancada de deputados federais e teve candidato a presidente em todas as eleições desde a redemocratização.

Na de 1989, num 26 de abril como este, a edição da Folha relatava o dia de um petista bastante ativo nas montadoras de São Bernardo, em reportagem intitulada: “Lula ataca os empresários nas portas das fábricas”. Em 1994, a essa altura do campeonato, o partido fechava seu plano de governo. Em 1998, discutia a aliança com Brizola. Em 2002, desfilava seu neopragmatismo, sintetizado noutro título: “Lula diz estar à caça de votos de esquerda, centro e direita”. Em 2006, ele disputou a cadeira já sentado nela.

Todo o acima fica mais difícil de ser feito em Curitiba. O PT já errou o cálculo esperando uma revolta social que não existiu no momento da prisão. Agora dedica-se a produzir fotos de filiados na frente do prédio da PF. Rendem memes engraçados, mas é difícil ver votos brotando dali.

Lançar Lula na cabeça da chapa com um vice que assumirá quando morrer a esperança de um milagre jurídico é brincar abertamente de poste. No fundo, um desrespeito aos eleitores —o candidato passará a campanha repetindo que só está ali porque o outro não apareceu?

Se existe um déficit democrático decorrente da prisão de Lula, ele deriva não da ausência dele em si, mas sim da estratégia de seu partido.

Eleições na Casf: Chapa 3

Este blog, democraticamente, coloca-se à disposição de todos os concorrentes, para divulgar, gratuitamente, notícias sobre as suas chapas, a exemplo do que fez a Sofia Lisboa, que nos enviou a mensagem abaixo:

"Estamos apresentando a você a nossa proposta para a escolha da próxima gestão da CASF! Pedimos sua atenção, especialmente no momento em que a CASF se encontra, sob regime fiscal decretado pela Agência Nacional de Saúde, devido a inadequação das contas apresentadas pela atual gestão à frente da CASF (Conselho Deliberativo e Diretoria Executiva). Destacamos que os atuais dirigentes da CASF receberam da gestão anterior uma empresa com Selo Verde da ANS, com as contas em dia e com aplicações financeiras suficientes para cobrir provisões técnicas.
Nossa grande motivação é lutar pela manutenção da nossa CASF, pois sabemos do quanto todos necessitamos do nosso Plano. Mas lutar tecnicamente, pensando a CASF como empresa que deve se perenizar e não com envolvimentos políticos ou interesses pessoais.
Analise com calma o que estão lhe apresentando, pois na eleição do dia 19 de junho de 2018 você tem escolha!

Contamos com seu voto na Chapa 3, em prol de uma CASF técnica e ética! Dia 19/06/2018 vote Chapa 3!"
Clique na imagem para aumentá-la

Bela missa para Osmar

Ontem, participei da missa comemorativa ao centenário de nascimento do meu saudoso e querido amigo e mestre, Osmar Simões. Emocionei-me e fiquei feliz ao ouvir do celebrante, o santareno Frei Edilson Rocha (foto abaixo), em seu belo sermão, o seguinte: “quando eu era criança, na década de 60, cantei no programa Domingo Após a Missa, que era apresentado por Osmar Simões e Ercio Bemerguy, na Casa Cristo Rei, em Santarém”.
Tive o prazer de cumprimentar e abraçar os familiares de Osmar, inclusive a sua viúva, Laura, minha madrinha de casamento. Revi muitos amigos santarenos e ex-companheiros de trabalho do homenageado, entre eles Carlos Estácio e Zaire Filho, da Rádio Clube do Pará.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

PT lança o plano de governo de Lula

Em um gesto simbólico de reafirmação da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva às eleições de outubro, o PT lançou, ontem (24), os sete eixos temáticos do seu programa de governo, em frente à Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde Lula está preso. “É fundamental que esse plano de governo possa impedir o desmonte da nação e a venda dos ativos nacionais”, afirmou o presidente da Fundação Perseu Abramo, o economista Marcio Pochmann.

Com altas taxas de desemprego e expressivo aumento da pobreza, Pochmann explicou que as bases do programa de governo do partido estão sendo construídas nos últimos 18 meses a partir de um diálogo unindo a participação de mais de 300 estudiosos, pesquisadores e intelectuais com o “saber popular”. “Estamos organizando esse grande programa para ser implementado de forma democrática a partir de janeiro de 2019”, enfatizou o presidente da Fundação Perseu Abramo.

Os sete eixos temáticos são: sistema internacional, soberania e defesa nacional; participação popular, liberdade, direitos e diversidade. Qual democracia queremos?; integração e coesão nacionais, e oferta de serviços públicos. É possível construir um país mais justo para todos; o que é qualidade de vida para você?; como aumentar a nossa estrutura de bens de consumo; como reduzir a desigualdade e garantir a inclusão social no Brasil; e por último, desenvolvimento econômico e sustentabilidade, como usar recursos naturais e industriais gerando riqueza para todos.

Coordenador do programa de governo da legenda, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad disse que o trabalho de elaboração do plano será reforçado com a participação de futuros parceiros. “Queremos alargar o nosso campo de visão para sair dessa crise tão braba.” Haddad ponderou que o PT e a Fundação Perseu Abramo, apesar de toda a crise política dos últimos anos, nunca deixaram de pensar e formular propostas para o desenvolvimento do Brasil.

“São 38 anos de história em que o PT produz os melhores textos, por isso fez o melhor governo”, afirmou. Segundo o ex-prefeito e ex-ministro, o partido sempre uniu a produção intelectual dos meios acadêmicos com a participação dos sindicatos e movimentos sociais que, para ele, trazem pontos de vista diferentes e complementares.

Haddad reconheceu que o desafio dos próximos meses é expressar as reflexões e o sentimento popular em um programa de governo capaz de abrir um novo ciclo de desenvolvimento no país. E reforçou a posição do PT em manter a candidatura de Lula. “Ele já fez. Não é que ele ‘deu conta’. Ele foi o melhor.”

Para Fernando Haddad, o ex-presidente deve ser julgado pelo povo brasileiro, em outubro, nas eleições para a Presidência da República. “Quem melhor do que os milhões de eleitores, depois de anos de massacre, para julgar o Lula? Vamos deixar as pessoas dizerem se Lula tem ou não condições de liderar um terceiro mandato.”

A presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), avaliou que a pergunta deixada no ar por Haddad está sendo respondida pelo povo nas pesquisas de intenção de voto, nas quais o ex-presidente lidera em todos os cenários. “Temos clareza absoluta da estratégia que temos que assumir”, enfatizou Gleisi, reforçando a decisão do partido em manter a candidatura de Lula.
Fonte: Rede Brasil Atual

Beleza mocoronga

Maíara, bela morena do bairro Esperança, vendo a chuva cair...

Ex-dono de cinco jatinhos, Eike agora viaja de Gol

Eike Batista enfrentou fila para despachar a mala no guichê da Gol do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na tarde de ontem (24). Antes do império de Batista ruir, a EBX, chegou a ostentar uma frota de cinco jatos particulares. Eram avaliados em quase 100 milhões de dólares.

O golpe no golpe

No site O Antagonista:
José Roberto Guzzo comentou o golpe no STF para tirar Lula de Sergio Moro: “Os ministros Toffoli, Lewandovski e Gilmar, reforçados pelo colega Marco Aurélio, são um convite permanente à intervenção militar — ou golpe, como se queira. Rasgam as leis. Agem abertamente a serviço de um partido político e de seu chefe. Servem a um projeto de tirania.”

Supremo impõe derrota a Moro em ações sobre Lula

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) impôs ontem, 24, uma derrota ao juiz federal Sérgio Moro, ao decidir retirar dele menções da delação da Odebrecht ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e preso na Lava Jato – que tratam do sítio de Atibaia (SP) e do Instituto Lula. Os documentos serão encaminhados à Justiça Federal em São Paulo, por decisão da maioria formada pelos ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Os três mudaram de posição em relação a um julgamento de outubro do ano passado. Relator do caso, o ministro Edson Fachin e o decano Celso de Mello votaram para que as citações a Lula nas colaborações de oito delatores da Odebrecht continuassem com Moro. A decisão da Segunda Turma pode levar a defesa do ex-presidente, preso desde o início do mês em Curitiba pela condenação no caso do triplex no Guarujá, a contestar a competência de Moro para continuar no comando das investigações sobre o sítio de Atibaia e o suposto pagamento de propina pela Odebrecht por meio da compra de um terreno onde seria sediado o Instituto Lula. O ex-presidente já é réu nessas duas ações, que começaram antes da celebração do acordo de delação dos ex-executivos da Odebrecht.

O ministro Gilmar Mendes disse que a defesa do petista pode entrar com recursos para retirar de Moro processos contra o ex-presidente sob a alegação de que não envolvem fatos diretamente relacionados ao esquema de corrupção na Petrobrás. “Poderá haver recursos em relação a processos que estão lá com o Moro sob o argumento de que não se trata de Petrobrás, isso pode vir até aqui (ao Supremo) em outro contexto”, afirmou Gilmar ao fim da sessão.

Decisão do STF pode tirar Lula das mãos de Moro e também das do TRF-4

Duplo twist carpado - A decisão da Segunda Turma do STF que tirou das mãos de Sergio Moro os trechos da delação da Odebrecht que citam Lula tem implicações para o futuro do ex-presidente no curto e no médio prazo. Para integrantes da corte, o entendimento da maioria dos ministros abre larga avenida não só para que duas ações penais a que o petista responde perante o juiz de Curitiba migrem para a Justiça de SP, como também tira a apreciação de eventuais recursos nesses casos da alçada do TRF-4.
Passo seguinte - Ministros do Supremo que não atuam na Segunda Turma avaliam que a declaração de incompetência de Moro nas ações sobre o sítio de Atibaia e a compra de um terreno para o instituto Lula não é automática, mas agora certamente será discutida.
Passo seguinte 2 - A Justiça paulista terá que abrir inquérito para apurar as menções a Lula na delação da Odebrecht, e a defesa do petista está pronta para argumentar que a lei veda que alguém responda por um mesmo fato em dois juízos. Está aí o caminho das pedras para tirar o ex-presidente das mãos de Moro.
Me dê motivos - Em outra frente, a decisão da Segunda Turma do Supremo fortalece a alegação usada pela defesa de Lula em recursos apresentados contra o processo do tríplex, que levou o petista à prisão.
Ajudinha - Nos recursos a cortes superiores, os advogados do ex-presidente argumentam que o próprio Moro reconheceu que não havia vínculo direto entre o dinheiro gasto pela OAS na reforma do imóvel e contratos da Petrobras.
Pode, Arnaldo? - Juristas estranharam a guinada da Segunda Turma, que havia negado por unanimidade pedido semelhante da defesa de Lula. Um observador do funcionamento da Justiça ironizou: “Gol de mão, em impedimento e após o tempo regulamentar”.
(Fonte: Painel da Folha de SP)